O Partido da Frente Liberal foi fundado em 24 de janeiro
de 1985, logo após a eleição indireta do
então governador mineiro, Tancredo Neves, do PMDB, à
Presidência da República. Tancredo morreu antes
mesmo de tomar posse, e o vice, José Sarney, governou
o Brasil por 5 anos com o apoio do PFL. O registro do PFL no
TSE foi feito em 11 de setembro de 1986.
O PFL nasceu após a derrota da emenda constitucional
que previa a volta das eleições diretas. Na época,
Paulo Maluf havia sido escolhido candidato pelo Partido Democrático
Social (PDS), o partido que dava sustentação ao
regime militar. governo mil. Descontentes com a indicação
e simpatizantes do movimento das diretas já, integrantes
do PDS criaram a Frente Liberal. Eles eram dissidentes do regime.
No grupo estavam os seguintes líderes: Aureliano Chaves
(então vice-presidente da República), o senador
Marco Maciel, o atual presidente do PFL, Jorge Bornhausen, o
então senador Guilherme Palmeira (AL), o então
senador José Sarney e o então deputado Saulo Queiroz
(MS), entre outros deputados que haviam votado em favor das
diretas.
Reunidos no Palácio do Jaburu, residência
oficial do vice-presidente Aureliano Chaves, líderes
do PMDB e da Frente Liberal formaram a Aliança Democrática.
O documento "Compromisso com a Nação",
de 7 de agosto de 1984, selou o compromisso de pacto entre o
PMDB e a Frente Liberal. A partir do acordo, foi formalizada
a chapa de Tancredo para presidente e Sarney para vice. Indicado
pela Frente Liberal e ex-presidente do PDS, José Sarney,
filiou-se ao PMDB. Com a morte de Tancredo, meses depois, Sarney
assumiu a Presidência da República.
Em 1985, 25 prefeitos filiaram-se ao PFL. Em 1986,
o Partido elegeu sete senadores e 118 deputados federais (o
maior número de sua história). Elegeu ainda 231
estaduais (também o maior número de sua história
e um governador. Em 1988, elegeu 1.058 prefeitos o maior número
de sua história.
Em 1998, elegeu 105 deputados federais e cinco
senadores, ficando com uma bancada de 16 senadores. Elegeu ainda
seis governadores, o maior número da sua história.
Em 2000 elegeu 1.028 prefeitos e 9.648 vereadores. Em 1996,
O PFL elegeu 10.152 vereadores e 934 prefeitos.
Hoje, o Partido tem 17 senadores, 64 deputados
federais, o governador do DF, 119 deputados estaduais eleitos
e 789 prefeitos.
Foi com a força do voto que o PFL passou
a exercer notável influência na República,
principalmente nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso,
quando o senador Marco Maciel foi eleito vice-presidente. Em
2002, com a eleição de Lula, o PFL assumiu o exercício
da Oposição.
Resumindo: O PFL NASCEU DA REBELDIA E
DO DESTEMOR
Iniciada em 2005, a fase final da refundação
do PFL acontece agora, com a troca de nome para Democratas e
a renovação do comando que passará a ser
exercido pelo deputado Rodrigo Maia (RJ).
Em 2007, o PFL deu lugar ao Democratas, o Partido
de um novo Brasil. E o que se pode dizer é que em 22
anos de atuação partidária, o PFL teve
comportamento inatacável em defesa da democracia e das
liberdades públicas, da ordem constitucional, da luta
contra a desigualdade social, dos direitos humanos, da melhor
distribuição de Justiça e da redução
dos impostos para permitir a volta do desenvolvimento.
O PFL sempre se destacou na defesa da democracia.
Com sua transformacão em Democratas, o que está
se retomando é mesmo espírito criativo e firme
da ação política de 1984. Agora, uma nova
geração de políticos assumirá a
responsabilidade de oferecer propostas concretas de desenvolvimento
ao país.
– Assim como a Nova República retirou
o País do regime militar, nós, democratas, vamos
impedir que o Brasil seja levado pelo populismo – afirma
Jorge Bornhausen ao transferir o comando partidário.“Estamos
renovando nossa estrutura com a escolha de Rodrigo Maia para
a presidência. Essa nova geração vai conduzir
nossa proposta de fazer do Brasil um País desenvolvido,
livre da pobreza, da injustiça e da violência”,
completa.
O PFL sempre agiu de forma coerente na defesa da democracia.
Nasceu com a Nova República e nunca desonrou seus objetivos:
a consolidação de um regime de liberdade, justiça
e desenvolvimento. O PFL jamais traiu esse trinômio.
Agora, transforma-se em Democratas na fase final do seu processo
de refundação para melhor desenvolver, atualizar
e modernizar seu compromisso democrático. Os democratas
vão levar adiante o legado oposicionista do PFL, partido
que nasceu em 1984 para transformar a candidatura de Tancredo
Neves à Presidência da República no grande
pacto democrático da Nova República.
A Frente Liberal que, em 1985, depois da eleição
de Tancredo Neves, se transformou no PFL foi a coluna fundamental
da arquitetura política de 1984. Essa arquitetura permitiu
que o Brasil desse o grande salto civilizado, sem sangue ou
violência, sem rupturas temerárias que foi a fundação
da Nova República.
A Frente Liberal foi recebendo adesões enquanto a candidatura
Tancredo Neves se consolidava, mas nasceu e se desenvolveu a
partir de um pequeno núcleo. No primeiro encontro com
Ulysses Guimarães, Presidente do PMDB, estavam Jorge
Bornhausen, Guilherme Palmeira, Marco Maciel, José Sarney
e Saulo Queiróz.
Aureliano Chaves, então Vice-Presidente da República,
era o grande ícone do desafio à incompetência
política do general Figueiredo para conduzir sua sucessão
e revelaria coragem ao desafiar o temperamental Presidente no
palanque do desfile do Sete de Setembro. O gesto de Aureliano
dava visibilidade à grande ruptura com o Governo e, "por
via de conseqüência", como ele dizia, com o
regime militar. Em janeiro de 1985, depois de seis meses de
atuação aberta a Frente Liberal já era
identificada como embrião de um novo partido e detinha
voz e voto nas decisões da grande aliança de Oposição
que se formou em tomo de Tancredo.
O resultado dessa ação política é
conhecido de todos. A democracia avançou no Brasil graças
ao trabalho dos líderes políticos da aliança
democrática em defesa do consenso em torno de dois esteios
da modernidade: a democracia política e a economia de
mercado.
Dois grupos ficaram na resistência ao consenso
em torno da democracia e da modernidade: os malufistas (já
que Maluf era o candidato a Presidência da República
contra Tancredo Neves) e os líderes do PT, à frente
Luiz Inácio Lula da Silva, numa jogada do maior cinismo,
para se mostrar "diferente". O PT chegou ao cúmulo
de expulsar deputados federais que ousaram discordar do absenteísmo
imperdoável. Esses dois grupos – o de Maluf e o
do PT–, não por acaso, passados 22 anos, voltaram
a se unir nas eleições de 2004 e de 2006.
PFL: EQUILÍBRIO E MODERAÇÃO
A solução negociada da Nova República,
conduzida de forma impecável pelos líderes da
Frente Liberal e por Tancredo Neves, foi uma admirável
demonstração da arte da política.
Para viabilizar legalmente sua candidatura a Vice-Presidente
da República, por indicação expressa da
Frente Liberal, o senador José Sarney inscreveu-se no
PMDB. Ele era o único do grupo do PFL que preenchia as
exigências legais do momento. Havia uma brecha na legislação
que permitia aos senadores eleitos pelos extintos Arena e MDB
mudar de partido sem cumprir interstícios.
Evitando o sangue, a violência, a intransigência
brutal, conquistou-se a plena liberdade em que vivemos pelo
paciente e difícil caminho da persuasão e do argumento
moral.
Nossos atestados de origem, a avaliação do peso
da nossa contribuição e, principalmente, a identificação
dos criadores do partido constam de documentos históricos
e dos testemunhos que nos deixaram Tancredo Neves, Ulysses Guimarães,
Afonso Arinos, Aureliano Chaves e outros protagonistas insuspeitos
daqueles dias decisivos.
Democratas - Comissão Executiva
Nacional - Assessoria de Imprensa