À semelhança do sucedido em 2013, também no Clube de Golfe da Ilha Terceira, nenhuma portuguesa conseguiu passar o cut no Açores Ladies Open e este sábado foram eliminadas Susana Ribeiro (+8), Mónia Bernardo (+11) e Joana de Sá Pereira (+14). O torneio continua a ser comandado pela inglesa Emma Goddard (-7).

Graças a uma segunda volta de 68 (-4), a jogadora do LET (Primeira Divisão europeia) dilatou a sua vantagem de 1 para 4 pancadas sobre a 2ª classificada, a alemã Karolin  Lampert, e de 5 “shots” sobre as 3ª posicionadas, a sueca Nathalie Willie, a escocesa Michelle Thompson e a brasileira Victoria Lovelady, que efetuou a melhor volta do torneio, em 67 (-5).

"É a minha primeira vez neste campo e estou definitivamente a gostar dele. É também a minha primeira vez num torneio do LETAS e está a ser bom. Vim cá para me manter em competição e na próxima semana também vou jogar no LETAS. Depois, em dezembro, vou ao Dubai, já um torneio do LET", disse Emma Goddard, que esteve 30 buracos sem sofrer qualquer bogey.

"Sim, sim, levei algum tempo até sofrer 1 bogey e hoje foram 2. O campo não é demasiadamente comprido e por isso sabemos que nunca teremos de jogar ferros muito longos. O plano de jogo é simples, fazer muitos fairways, muitos greens. Ontem fiz 13 greens e hoje 16. Nada mau", acrescentou a jogadora de Liverpool, que leva 9 birdies em 36 buracos.

Emma Goddard, que este ano teve a sua melhor classificação num 31º lugar em Marrocos, não quer ainda pensar demasiado na possibilidade de ganhar o torneio: "Não! Veremos como será amanhã, uma pancada de cada vez, é tudo o que posso fazer. Mesmo com uma vantagem de 4 pancadas, num campo de golfe nunca se sabe".

A segunda volta beneficiou de melhores condições de jogo, "sem chuva, com menos vento", como referiu a líder, e houve 14 resultados abaixo do Par, face a apenas 8 no primeiro dia. No agregado, há agora 6 jogadoras em números negativos aos 36 buracos. O cut fixou-se em 5 pancadas acima do Par, para o top-26, deixando as três portuguesas de fora.

A campeã nacional, Susana Ribeiro, foi a melhor portuguesa, no 38º lugar, com 152 pancadas, 8 acima do Par, depois de voltas de 78 e 74. Hoje andou grande parte do dia dentro do cut provisório mas 2 bogeys nos 2 últimos buracos tornaram impossível o que já de si era difícil pois acabou por falhar o cut por 3.

"Não foi bem o que eu estava à espera, não consegui cumprir o meu objetivo, estou um bocadinho triste por isso. O primeiro dia correu-me muito mal e sabia que hoje precisava de uma boa volta abaixo do Par para conseguir manter-me me prova para amanhã. Sabia que no 17 aquele bogey não podia acontecer porque mesmo com 1 birdie no 18 poderia não passar o cut. Aquele bogey foi mesmo uma facada", reconheceu a jogadora de 25 anos, que teve pouca sorte nas duas “gravatas” nos últimos dois buracos que originaram os bogeys e também no birdie do 6 (o seu 15º). Como explicou o seu caddie, Jorge Soares, "a segunda pancada dela ficou a centímetros da bandeira para eagle".

A vice-campeã nacional Mónia Bernardo foi 43ª empatada, com 155 (78+77), 11 acima do Par, num torneio em que se sentiu a jogar bem, mas sem ver os putts entrarem: "O balanço é negativo porque não passei o cut. Não me sinto a jogar mal, infelizmente não consigo consolidar um bom resultado porque tenho imensas oportunidades para birdie e não consigo meter putts. As bolas fazem gravata, fica colado, não caem. Estive bem do tee ao green, falhei apenas 3 greens hoje. Poderia ter feito à vontade 4 ou 5 birdies. É deveras frustrante porque estou a bater bem na bola". 

A portuguesa nascida na Suíça e residente em França, Joana de Sá Pereira, terminou no 50º posto empatada, com 158 (77+81), 14 acima do Par.

Os primeiros nove buracos de hoje (o back nine do campo) foram para esquecer, com 2 duplos e 3 bogeys, ficando logo arredada mas acredita que noutras circunstâncias poderia ter mostrado muito mais o que vale nesta sua estreia em torneios profissionais portugueses: "Não correu como eu queria, mas há campos que nos convêm melhor do que outros. Este não me convém assim tão bem. Sei que é uma questão de adaptação e que posso vir mais forte do que estive nestes dois dias".