José Antonio Camacho garantiu que as surpresas que apresentou no onze, nomeadamente a troca dos centrais - Hélder e Luisão roubaram a titularidade a Argel e Ricardo Rocha -, não se ficaram a dever a qualquer gestão do plantel tendo em vista o encontro frente ao Rosenborg.
"Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Já disse e mantenho que dou mais importância à Liga dos Campeões do que à Taça UEFA. Este jogo era importante para nos podermos aproximar do segundo lugar, tínhamos de ganhar, mas não conseguimos", afirmou o técnico que não atribui a derrota à troca de centrais.
"Sofremos três golos de bola parada e isso não tem nada a ver com os centrais porque nesses lances defendemos com 5 ou 6 jogadores e, portanto, não se podem culpar os centrais", explicou Camacho, o qual avançou com outra explicação: "Não é normal que uma equipa que tem muitos jogadores altos, como o Benfica tem, sofra dois golos de canto num minuto!"
Questionado se não teria sido um risco demasiado elevado ter trocado de centrais perante o ataque mais concretizador em casa, o treinador dos encarnados mostrou-se algo irritado com a insistência dos jornalistas. "Quando perdemos ressentimo-nos de tudo. O Hélder está a fazer muitos jogos e o Luisão, pese vir de uma lesão, também costuma ser utilizado. Penso que esta derrota não se ficou a dever às alterações na equipa", afirmou com semblante algo carregado.
Apesar disso, Camacho até se mostrou optimista quanto à luta particular com o Sporting. "As nossas hipóteses de chegar ao segundo lugar estão praticamente iguais ao que estavam há dois jogos", referiu, lamentando-se da forma como o jogo de ontem decorreu. "Considero o resultado injusto porque tivemos várias ocasiões para marcar, mas mais uma vez pecámos na finalização."
Nuno Gomes: «Se calhar foi culpa nossa»
"Tínhamos consciência de que esta era uma partida difícil, pois vencer o Nacional em casa não é tarefa fácil. Estivemos a perder e conseguimos dar a volta ao marcador. Mas a verdade é que sofremos de seguida dois golos, na sequência da marcação de cantos, que, infelizmente, nos roubaram três pontos.
Se joguei muito sozinho na frente? O treinador é que sabe e ele decidiu que a equipa ia jogar assim. No entanto, o Benfica criou algumas oportunidades para fazer golos. O que é aconteceu? Bem, se calhar, perdemos o jogo por culpa nossa."
Adjunto do Rosenborg espiou
O encontro de ontem entre Nacional e Benfica teve em Per Hansen um espectador muito atento. O técnico adjunto do Rosenborg não quis perder a oportunidade de ver "in loco" o último encontro do clube da Luz, antes do jogo de quinta-feira, a contar para os oitavos-de-final da Taça UEFA.
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