Titular nas primeiras três jornadas, André Horta, médio do V. Setúbal, confessa não estar surpreendido pela confiança que tem merecido de Quim Machado. "Mentiria se dissesse que não esperava ser titular. Trabalhei bastante para chegar até aqui e esperava que o míster me desse uma oportunidade para agarrá-la", afirma a Record o jogador, que já soma mais minutos (260) do que em toda a época passada (255).
Apesar de a prioridade ser o grupo, o médio-ofensivo, de 18 anos, não esconde o desejo de se estrear a marcar pela equipa que tem o melhor ataque da Liga NOS, com 8 golos. "Quando tiver a oportunidade hei-de marcar o meu golinho", refere, mostrando-se tranquilo. "É natural que surjam os golos, mas não tenho qualquer obsessão", garante, acrescentando: "Treinamos muito a finalização e os resultados estão à vista. Há um trabalho bem estruturado que faz com que a bola surja em zona de finalização."
A irreverência que André Horta mostra em campo é idêntica ao seu discurso. Questionado sobre o facto de jogar atrás de dois dos artilheiros do campeonato, André Claro e Suk, ambos com 3 golos, o jovem é perentório. "É um privilégio para mim jogar atrás deles, como é um privilégio para eles jogarem à minha frente", afirma, com boa disposição, elogiando os colegas: "É um prazer estar em campo ao lado de grande jogadores como o André Claro e o Suk."
Podíamos estar em 1.º lugar
André Horta confessa existir um sentimento algo amargo pelos 5 pontos que a equipa tem. "Não traduzem o futebol que temos praticado. Pela qualidade do nosso jogo, poderíamos ter nove pontos e estar em 1.º lugar", frisa, assumindo a responsabilidade. "A culpa é nossa. Cometemos erros que não se podem repetir", afirma numa alusão aos empates com o Boavista e Rio Ave.
Siga-nos no Facebook e no Twitter.