Nada menos de uma dezena de juízes portugueses estiveram ou estarão nos quatro Mundiais e Europeus dos diversos escalões, previstos para esta época. E serão quatro aqueles que estarão nos Jogos Olímpicos do Rio’2016. Nas grandes competições, a arbitragem é da responsabilidade dos juízes locais, sob a supervisão de juízes internacionais. A única exceção é a marcha, que tem sempre seis juízes internacionais a atuar.
No próximo Campeonato do Mundo (absoluto) de Pequim, entre os 32 elementos internacionais escolhidos estão dois ITO’s (oficiais técnicos internacionais) portugueses: Jorge Salcedo, que será o chefe, e Samuel Lopes, um dos nove restantes. Outra curiosidade: Raquel Nunes será a comissária para os fotógrafos. Para os Jogos do Rio, Portugal é o país com mais elementos: Jorge Salcedo será delegado técnico, Samuel Lopes ITO, José Dias juíz de marcha e Luís Figueiredo juíz de partida.
No Mundial de Juvenis, realizado na passada semana, na Colômbia, José Paulo Moreira foi um dos ITO’s, José Dias um dos seis juízes de marcha e Pedro Branco o chefe da área médica e de antidopagem: três portugueses entre os 23 elementos escolhidos pela IAAF (federação internacional).
Nos Europeu de sub-23 e de juniores, Portugal foi o país mais representado a este nível, com sete elementos, seguindo-se Itália e Holanda, com quatro. Na Estónia (sub-23), entre os 24 elementos designados, Elisabete Costa fez parte do júri de apelo, Luís Abegão foi um dos seis ITO’s, Luís Figueiredo foi o "starter" (juíz de partida) e José Ganso um dos seis juízes de marcha; na Suécia (juniores), entre 20, Jorge Salcedo foi chefe do júri de apelo, António Costa foi um dos ITO’s, e Ana Toureiro foi juíz de marcha.
No conjunto das quatro competições, Portugal e Espanha foram os países europeus com mais designações – 10 – contra 5 de Itália, 4 de Grã-Bretanha e Holanda, etc. Entre os não-europeus (e contando apenas com os dois Mundiais), a Austrália teve cinco designações, contra 4 do Brasil.
Jorge Salcedo: «Boas classificações»
Juíz nacional desde 1974 e internacional desde 1984, Jorge Salcedo, que há muito ocupa cargos importantes na IAAF (federação internacional) e AEA (associação europeia), explica a presença de tantos portugueses na direção das principais competições com o facto de serem bastantes os elementos internacionalmente abalizados. "Temos o número máximo em todos os sectores e todos eles têm obtido boas classificações sempre que são chamados", explica o dirigente português, de 62 anos, que faz parte do Conselho da Associação Europeia e do Comité Técnico da IAAF desde 1991, sendo presidente deste comité desde 1999.
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