Não são apenas os avançados que vivem dos golos. Os adeptos também gostam de ver as redes a balançar e o treino de ontem era uma boa oportunidade para festejar, enquanto a bola não começa a rolar a sério. Ora, depois da corrida e dos exercícios de passe e circulação, Rui Vitória organizou três equipas – roxa, amarela e branca – e deu início a uma série de jogos de 10 minutos que terminavam imediatamente assim que uma das equipas marcasse.
Primeiro, amarelos (Júlio César, Nélson Semedo, Luisão, Jardel, Eliseu, Samaris,JoãoTeixeira, Ola John,Carcela e Nélson Oliveira) contra brancos (Ederson, André Almeida, César, Lindelöf, Mukhtar, Pelé, Guzzo, Nuno Santos, Murillo, Taarabt e Lima). Além do túnel de Nuno Santos a Ola John, o golo de Lima, num forte remate com o pé direito, foi o momento alto para os adeptos. À moda de um "roda bota-fora", os coletes amarelos deram a vez aos roxos (Paulo Lopes, Sílvio, Lisandro López, Cristante, Marçal, Pizzi, Talisca, GonçaloGuedes, Gaitán, Djuricic e Jonas).
Mas foi já numa fase mais adiantada da "peladinha" que teve lugar um dos momentos mais curiosos. À notória falta de golos – depois de Lima ter marcado, dois jogos de 10 minutos ficaram em branco –, que até chegou a arrefecer, por momentos, o ambiente nas bancadas, Rui Vitória assumiu o papel de árbitro e "castigou" uma falta de Lindelöf sobre Carcela apontando para a marca de grande penalidade. Cara a cara com Ederson, o internacional marroquino não perdoou e colocou as bancadas em delírio. E a verdade é que esse remate certeiro foi uma espécie de..."desbloqueador de pontaria". É que, nos jogos seguintes, a bola já não custou tanto a entrar.
Primeiro foi Jonas a fazer o gosto ao pé pela primeira vez. O remate nem saiu com muita força, mas foi o suficiente para não dar hipóteses a Júlio César. Depois foi Gonçalo Guedes a finalizar em força, com o pé esquerdo, depois de uma diagonal desde a direita.
Boas indicações
Carcela foi um dos destaques pela positiva. A forma como controla a bola, sempre colada ao pé esquerdo, cativou os adeptos, que veem no extremo uma boa opção para a titularidade. Quanto a Taarabt, continua disposto a mostrar serviço com bons pormenores técnicos. Djuricic, refira-se, realizou apenas o segundo dia de trabalho noSeixal, mas já se mostra perfeitamente integrado e, no início, até fez o papel de "joker", assumindo o papel de jogador neutro.
Talisca, curiosamente, parece ter chegado revigorado das férias. No último verão, o brasileiro chegou ao Benfica sem tempo para descansar, mas, agora, mostra que tem pilha para durar. Tentou o golo por diversas vezes, mas foi com a "roleta" imortalizada por Zinedine Zidane que acabou por brilhar.
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