A Federação confirmou ontem que o Técnico irá disputar as meias-finais do campeonato com o Direito, depois das dúvidas levantadas por o Belenenses ter assinado o boletim de jogo em protesto. Posteriormente, a equipa do Restelo "manifestou a sua não vontade de formalizar o protesto" e o organismo federativo, em comunicado, acrescentou ter deliberado, no dia anterior, que "o artigo 36.º, número 1, do RGC deve ser interpretado no sentido de que o mínimo de 12 jogadores em campo de uma equipa tem de ser de forma definitiva e não temporária" – como é o caso dos cartões amarelos.
"Se formalizássemos um protesto, devido aos prazos legais, a situação iria arrastar-se de tal forma que não se disputariam meias-finais nem final. Era uma catástrofe", justificou o presidente do Belenenses. "Mais do que a decisão, interessa-nos a justificação, que deve pautar-se pelo bom senso", concluiu Miguel Freudenthal, ressalvando que, "no entanto, é um precedente que se abre".
Por sua vez, o líder do Técnico considerou que outra decisão "seria um escândalo". "A lei é obsoleta e já vem do tempo em que não havia substituições. Foi feita para impedir que uma equipa em inferioridade numérica acabasse com o jogo fingindo uma lesão", explicou Pedro Lucas. "Além disso, os ‘amarelados’ estão em jogo, temporariamente de fora, e podem mesmo sofrer outras sanções disciplinares nesse período", concluiu.
Jogo decorreu sem delegado
O Técnico-Belenenses decorreu sem a presença de um delegado ao jogo da FPR, que poderia ter intervindo no momento da polémica. Segundo apurámos, um dos juízes de linha, António Moita, está habilitado para a função, mas, estando na equipa de arbitragem, não podia acumular os papéis. De resto, o árbitro, Carlos Miraldo, não era obrigado a conhecer o RGC mas apenas as Leis do Jogo, às quais se cingiu para dar seguimento à partida.
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