Meia dúzia de golos «à Heynckes»
BENFICA GOLEOU (6-0) QUARTA-FEIRA O FC TRAUNSTEIN
quinta-feira, 22 julho de 1999 | 02:51
 

GOMES FERREIRA, LUÍS PEDRO SOUSA e PAULO CALADO, enviados especiais


Traunstein -- Dois jogos. Duas goleadas. Esta a mais expressiva. Onze golos no total. O Benfica continua a ganhar na pré-temporada e a assimilar depressa os ensinamentos de Jupp Heynckes. Um “hat-trick” de Jorge Cadete, dois golos de Kandaurov e um de El Khalej fizeram o resultado de um jogo em que o domínio avassalador da equipa benfiquista foi por de mais evidente.


O adversário de quarta-feira, o FC Traunstein, do campeonato regional da Baviera, era ainda mais fraco que o primeiro. Mas nem por isso a motivação dos jogadores encarnados foi menor. Afinal, Jupp Heynckes fez alinhar de início um “onze” completamente diferente do jogo com o Sachsen Leipzig para poder ver em competição o resto do plantel. E a resposta foi francamente positiva.


Se houve algumas exibições individuais menos conseguidas, a verdade é que o Benfica ontem funcionou muito bem no aspecto colectivo, desenhando no relvado do Triftstadium jogadas imaginativas e de grande linearidade, ao gosto de Jupp Heynckes. Aos poucos, os jogadores começam a interiorizar o que o treinador pretende e ontem já se viu um “cheirinho” da filosofia de jogo que o ex-técnico do Real Madrid quer passar para este Benfica. Muito futebol pelos flancos é a imagem de marca do Benfica 1999/2000


Quarta-feira, tal como Heynckes treinara na véspera, a equipa encarnada ensaiou a pressão a meio-campo. E com resultados práticos, embora o adversário não permitisse um teste a sério. Mas os bons hábitos têm de se começar a cultivar desde o início, para quando se chegar aos jogos mais a doer então a tão desejada pressão que o treinador quer colocar em prática seja um dado adquirido.


Depois da partida de quarta-feira, Heynckes tem razões para sorrir. Mesmo sem os habituais titulares, a resposta da equipa foi positiva. Os jogadores que estarão, teoricamente, nesta altura do estágio, numa “segunda linha” nas opções do treinador alemão, mostraram que se pode contar com eles. Mas o mais importante de ontem foi mesmo a demonstração de que o futebol do Benfica está a dar passos lentos mas seguros indo ao encontro das ideias de Jupp Heynckes.


UM "ONZE" RENOVADO


Heynckes apresentou um “onze” totalmente diferente em relação ao do primeiro jogo, com o Sachsen Leipzig. Bossio na baliza, El Khalej (direita) e Bruno Basto (esquerda) nas alas, José Soares e Ronaldo no eixo da defesa.


O brasileiro integrou a convocatória à última da hora, substituindo Paulo Madeira. Depois, no meio-campo, Andrade e Marco Freitas no centro do terreno, Maniche no flanco direito e Porfírio no flanco esquerdo. Na frente, Kandaurov e Cadete.


O Benfica não entrou bem no jogo e nos primeiros vinte minutos a equipa não se encontrou, apesar de ter o claro domínio de posse de bola. O meio-campo pressionava mas os encarnados não conseguiam criar jogadas de perigo. Os últimos vinte e cinco minutos foram diferentes, assistindo-se então a um domínio avassalador dos encarnados.


Com o golo de Cadete (1-0), depois de uma incursão rápida de Bruno Basto pela esquerda, a passar por quatro jogadores, o Benfica soltou-se e teve momentos brilhantes, com jogadas rápidas e envolventes. Com naturalidade vieram os golos. Kandaurov, na esquerda, num remate cruzado, a passe de Marco Freitas, fez o 2-0; El Khalej, a passe de Porfírio, fez o 3-0; Cadete, isolado por Maniche, fechou a contagem até ao intervalo.


Para a segunda parte, Nuno Santos rendeu Bossio na baliza. De resto, tudo igual. O Benfica continuava a mandar no jogo, Kandaurov brilhava, só os golos não apareciam. Cadete ainda teve um golo anulado, por falta sobre o guarda-redes, mas aos 68 m, numa boa triangulação José Soares-Maniche-Kandaurov, o ucraniano marcou o seu segundo tento do jogo, limitando-se a encostar a bola para o fundo da baliza. Dois minutos depois, a passe de Kandaurov, Cadete, no sítio certo, empurrou a bola para dentro da baliza. A quinze minutos do fim, Heynckes fez alterações na equipa. De uma assentada retirou do campo Ronaldo, El Khalej, Andrade e Cadete, fazendo entrar Sérgio Nunes, Okunowo, Calado e Nuno Gomes, respectivamente. O Benfica continuou a pressionar, a trocar rápido a bola. O jogo terminou sem que os encarnados conseguissem marcar mais golos, mas ficaram alguns “retratos” do que será a filosofia de jogo que Heynckes quer para este Benfica.


APRENDER A CENTRAR


Jupp Heynckes não largou Okunowo no treino da manhã de quarta-feira, destinado aos jogadores que não seriam titulares no jogo de Traunstein. Os centros do nigeriano e a própria colocação no terreno não estavam a agradar ao alemão. O técnico do Benfica pretendia que o nigeriano actuasse colado à linha e, depois de combinar com Poborsky, colocasse a bola por alto na área. Ao fim de muita insistência, o lateral-direito começou, finalmente, a acertar.


Esta sessão, que Ronaldo já pôde cumprir na totalidade, ficou ainda marcada pelos golos de João Pinto. No exercício de movimentação, em que os dez potenciais titulares só contaram com a oposição de Nuno Santos, o capitão marcou golos para todos os gostos, alguns dos quais com "acrobacias" à mistura.


Mais uma vez, Heynckes não escondeu os eleitos para este início de temporada. O alemão escolheu os seguintes dez jogadores de campo: Okunowo, Paulo Madeira, Ronaldo e Rojas; Chano e Calado; Poborsky e Luís Carlos; João Pinto e Nuno Gomes.


APANHADOS: A FARTURA E A FOME


Quatro guarda-redes era demasiado. Dois são escassos. Com a venda de Ovchinnikov e a partida de Enke para os trabalhos da selecção alemã, restam apenas Bossio e Nuno Santos neste estágio em Leogang.


O argentino foi poupado para o jogo da tarde, pelo que apenas o ex-jogador do Leeds participou nos trabalhos da manhã. Perante o bombardeamento intenso dos companheiros de equipa, o português viu-se obrigado a descansar uns minutos. Sem mais nenhum guarda-redes disponível, não restou outra alternativa aos responsáveis senão chamar Walter Junghans para a baliza.


O treinador dos guarda-redes lá calçou as luvas e ficou alguns minutos a tentar deter os remates de João Pinto, Nuno Gomes e companhia. Nuno Santos regressou dez minutos depois, após realizar trabalho de recuperação física com o fisioterapeuta dos encarnados, António Gaspar.


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Artur deve continuar como guarda-redes titular do Benfica?

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