CIRCO RICHTHOFEN

Sobre falsidades e a responsabilidade da imprensa

Por Maurício Cardoso em 12/04/2006 na edição 376

Muito se tem falado a respeito da ética profissional dos advogados que levaram Suzane Richthofen a expor seus falsos sentimentos em rede nacional de televisão e na capa da mais vendida revista brasileira. Pouco ou nada se falou das responsabilidades da imprensa neste episódio. Como se ela não tivesse nenhuma. Tem. Toda.

Fala-se de farsa. É verdade. As lágrimas fingidas da assassina confessa dos próprios pais, suas falas mal ensaiadas diante das câmaras e do bloco de anotações das repórteres não constituem outra coisa – uma farsa. Quem fez a entrevista sabia que aquilo era uma farsa. Seria uma farsa particular até se tornar pública. Porque torná-la pública, então?

Nas primeiras aulas de jornalismo, ensina-se que nem tudo que se apura vai para o ar ou se publica. Se a informação é falsa, ela não merece ser publicada. Na medida em que se publica uma falsidade, quem o faz assume a responsabilidade pela falsidade, participa da farsa, mesmo que seja para denunciá-la. Então, por que publicar a falsa lágrima da mulher que matou os pais?

Fica evidente que os advogados pretenderam usar a imprensa para construir uma imagem positiva de sua cliente. Se deram mal. Desconstruíram o que ainda poderia restar de positivo na figura que defendem. Estão sendo cobrados por isso. A imprensa se vingou e usou a farsa montada com sua conivência em proveito próprio. Deu capa na revista e ibope alto na telinha. Para ela, ficou de graça.

Medida processual

Este é um jogo permanente entre fonte e jornalista. Cada um sabe que está sendo usado e deliberadamente busca usar o outro. Sempre foi assim e continuará sendo. É justo que os bônus e também os ônus deste jogo sejam equanimemente repartidos pelos participantes do jogo.

O interesse público é sempre uma boa razão para justificar a publicação de uma informação – esta é outra das lições básicas do bom jornalismo. Pergunta-se: qual o interesse público da entrevista de Suzane? O que ganha a sociedade em saber que além de assassina, a moça é fria e dissimulada. O máximo que as duas reportagens [Fantástico (9/4) e Veja (nº 1951, de 12/4/2006)] conseguem é antecipar o julgamento da ré, o que não é exatamente um bom serviço à convivência social. Para julgar Suzane, com a observância do devido processo legal e com o respeito aos direitos fundamentais do cidadão, mesmo sendo este cidadão uma mulher que matou os próprios pais, está marcado o Tribunal do Júri no dia 5 de junho próximo.

Por causa das entrevistas, a moça voltou para cadeia, mas nem isso pode ser creditado como um bom serviço prestado pela imprensa. O Ministério Público, com o oportunismo que lhe é característico, entrou em cena e fez o pedido para que fosse restabelecida a prisão preventiva de Suzane. Como se fosse crime fracassar no papel de atriz no desempenho de um personagem infeliz. Se Suzane merece cadeia, ela certamente a terá depois de devidamente julgada e condenada. Prisão preventiva não é pena, é medida processual e, portanto, não é instrumento para apenar ou fazer Justiça.

Últimas conseqüências

Voltando ao papel da imprensa no episódio, o que é certo é que não teria havido farsa se a tentativa de farsa não tivesse virado manchete. Da mesma forma que o sigilo do caseiro não teria sido quebrado se não tivesse sido divulgado na imprensa. Vejam: tanto o presidente da Caixa Econômica Federal quanto o ministro da Fazenda estão legalmente autorizados a tomar conhecimento do extrato de qualquer correntista. O que eles não podem fazer, e ninguém pode, é publicar na internet o extrato de quem quer que seja, como foi feito no site de uma revista. Sem divulgação da informação sigilosa, não há quebra de sigilo.

Neste caso, também, quem vazou a informação pretendeu usar a imprensa e acabou sendo usado pela imprensa, que deu um furo. Mas as responsabilidades não foram distribuídas com a mesma equanimidade.

Tanto a publicação do extrato do caseiro como a exibição da falsa lágrima da assassina fazem parte do show da mídia, desta tendência universal e irreversível de transformar tudo e qualquer coisa num espetáculo para comover platéias. Informação é outra coisa, mas tudo bem. É muito salutar que seja garantido às últimas conseqüências o direito de informação. Que a imprensa publique absolutamente tudo que julgar no seu direito. Mas é igualmente muito salutar que responda pelo que escreve, fala e exibe.

***

Diretor de redação do site Consultor Jurídico

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 Lilian Fugii
 Enviado em: 13/04/2006 14:09:22

É lastimável o que a imprensa consegue fazer com um país, com um povo... Estamos ha dias acompanhando uma tremenda farsa de todos os lados. Ré, Advogados e Imprensa, algo que me parece já ter se tornado uma pequena briga particular, LASTIMAVEL mesmo. Enquanto a imprensa se preocupa com o caso da Suzane Richthofen, que a mim não interessa em nada, nossos maravilhosos políticos continuam deitando e rolando no congresso. Porque não mostrar ao povo o que realmente interessa. Tudo bem que o caso interesse, mas é por causa de nossa legislação que tudo isso está acontecendo, inclusive a liberdade da TAL, só foi possível por causa desta mesma legislação, defasada, equivocada, e que os nossos políticos, aqueles mesmos que estão deitando e rolando não se interessam, não ligam, não mudam, mudar? Pra quê ? Não os prejudica...

A Imprensa mostra para o povo o que lhe é conveniente, o que dá audiência o extremo estrume, lixo... O povo não se interessa por política, a imprensa se aproveita deste fato para “agradar” seus telespectadores totalmente sem informação, sem conhecimento, sem cultura e ninguém os convencem de que sua participação é importante. O povo tem que aprender que quem manda em um país é o povo. Que voto não é obrigação, é direito adquirido, houve luta por esse direito, temos que exercê-lo com seriedade, temos o direito de saber o que se passa e de poder decidir quem fica e quem sai, não são eles que tem que decidir, nós os colocamos lá, temos o direito e o dever de tirá-los. O povo não enxerga que a França só está onde está porque possui um povo que participa, mudam, fazem a diferença.

Aqui nos dias atuais ainda vivemos a política do “pão e circo”, aquela em que os reis baixavam o preço do trigo e dava festas gratuitas para o povo não ter tempo de prestar atenção no que se passava no “governo”, desde milhares de anos atrás nada mudou. E a imprensa o que faz???? Novela. Isso mesmo, novela, para o povo, Suzane, Futebol, Juiz ladrão, Falta de segurança e blá blá blá blá blá. No dia em que todo o mundo resolver levar o país a sério, o povo, os políticos e principalmente a imprensa começaremos a crescer de verdade. Porque com tudo que acontece, que a imprensa nos passa, parece que realmente seja interessante o povo só saber de “algumas coisas”, por que tanta omissão??? Poderia escrever um livro sobre o assunto, mas sei bem que isto tem um endereço certo, apenas “algumas camadas”, mas isso já é um outro assunto, que infelizmente também envolve de forma negativa a Imprensa e nossos políticos, os principais personagens desta triste história”. Lílian Rocha Fugii

 Tatiana Jeronimo
 Enviado em: 13/04/2006 12:29:40
Quero parabenizar o Sr. Maurício Cardoso pelo excelente texto crítico. Sou estudante de Letras, e reconheço o quanto é difícil ler um texto bem escrito. E este texto, além ser bom, evidencia a percepção do autor em reconhecer a intenção daqueles que desejam ganhar reconhecimento em cima de um fato abominável.
 Joelma Tereza Serafins dos Reis
 Enviado em: 18/04/2006 11:34:41
Srº Mauricio concordo em número e grau sobre tudo o que disse, mas quando pergunta por que tornar pública a matéria, é para que nós brasileiros também tenhamos a oportunidade de construir nosso senso crítico sobre crimes hediondos e tudo bem que prisão preventiva não é pena, mas seria absurdo enquanto ser humano saber que a população viu e ouviu aqueles absurdos e nada foi feito, quem sou eu para julgar o mérito da questão, simplesmente uma brasileira que ainda acredita que podemos resgatar valores a muito perdidos em nossa sociedade, onde uma filha planeja a morte de seus pais friamente e não sente remorso por isso, tenho uma linda filha, que desejei com muito amor, que está com apenas dois meses de vida, imagine pensar que está mesma maravilhada pode me tirar o direito de viver, simplesmente por ganância e o poder. A imprensa foi sensacionalista, mas vamos tentar olhar os vários ângulos, mesmo que para obter proveito em causa própria a imprensa usou de má fé, mas se não fosse assim a Suzane ainda estaria posando de menina influenciada e desmemoriada.
 Luiz Carlos Alfredo
 Enviado em: 13/04/2006 11:32:42
Que a Imprensa Brasileira precisa ser mais responsável, eu concordo. Mas daí o Sr. Maurício Cardoso (autor dessa matéria) entender que não interessa ao público saber que a assassina dos seus próprios pais também é uma pessoa fria e dessimulada (ainda mais quando tenta enganar a sociedade se fazendo de vítima)aí já demais. Interessa sim ao público saber que essa assassina é fria e dessimulada, é importante sim, que essa informações cheguem ao conhecimento da sociedade. Afinal o que o Sr. Maurício Cardoso pretende? Que sejamos um sociedade alienada? Que apenas alguns poucos tenham acesso a informação e sejam onipotentes juízes? Sr. Maurício Cardoso reflita um pouco sobre o que V.S. escreveu. Luiz Carlos Alfredo
 Fernanda Souza
 Enviado em: 13/04/2006 11:14:40
/fico admirada e por não dizer indignada, que haja pessoas que ainda defendam pessoas com a srta. Suzane, acredito que a imprensa cumpriu o seu papel quando mostrou em rede nacional a persoanlidade fria e calculista que se encontra por trás daquela carinha de anjo. Se a imprensa tivesse a coragem de agir desta forma sempre, este país seria com certeza muito melhor, com menos impunidade e hipocrisia.
 Edgar de Souza Batista
 Enviado em: 13/04/2006 11:43:12

Vou dar a minha opnião sobre o caso, o que mais me assusta não é o fato dela ter matado os pais "Me assustou em época". Mas já que ela errou foi presa, tericamente pagará por isso. Eu fiquei espantado a força de vontade que uma rede de televisão tem em querer derrubar um ser humano, como diz io ditado "Errar é Humano". Agora fica um monte de senhoras revoltadas, em suas cadeiras e senhores embasbacados em seus escritórios com a farsa da moça.

Mas eu faço uma pergunta aos senhores: Quem espantou mais a Suzane ou a parlamentar que dançou no plenário? Qual a diferença entre as duas, fora a idade? Hora meu senhores e senhoras uma coisa eu aprendi no espiritismo, "Se não for para ajudar por favor não atrapalhe" E longe de discuções religiosas fica a indignação de um repaz de 24 anos que não quer fazer julgamento das pessoas e sim das idéias que elas tem. A moça errou e todos nós sabemos, para afundar a garota em lama aparecem milhares, agora para estender a mão e ajuda-la não aparece nunhum. Sobre a Rede Globo, ela está mais preocupada em IBOP do que na matéria em si ou informar a população. Aliás, sobre dança da parlamentar a Globo não fez nem menção, ou pelo menos eu não vi.

 Dermeval Vianna Filho
 Enviado em: 17/04/2006 12:13:45
Meus parabéns, Maurício. Você vai ao cerne da questão: a mídia, ao invés de ser imparcial, está adotando um comportamento que beira o limite do fascismo. Ela expõe fatos, acusa e pune, num totalitarismo semelhante aos dos períodos mais obscuros da história. Ora, vivemos num Estado Democrático de Direito ou não? Quando a mídia acusa a existência de censura, escora-se no direito fundamental de liberdade de informação. No entanto, quando decide acusar alguém, sem observância do contraditório, diga-se, ela o faz sem nenhuma cerimônia, desrespeitando o princípio constitucional da presunção de inocência e do devido processo legal. Infelizmente, não é na própria imprensa que encontaremos a solução destes problemas, mas no Poder Judiciário. Já passou da hora de imputarmos à imprensa, e aos seus atores, a sua cota de responsabilidade. Senão, em pouco tempo, obras como "1984" e "Admirável Mundo Novo" deixarão de ser ficcionais.
 Arnaldo Leal
 Enviado em: 13/04/2006 11:15:39
Excelente artigo. Brilhante exposição dos fatos. Há muito já achava que a imprensa brasileira era o retrato da próprio Brasil: incapaz, apelativa, demagógica e desonesta.
 wellington albuquerque
 Enviado em: 13/04/2006 12:25:59
Concordo com tudo o que foi dito, porém pergunto: O que é a TV se não uma grande farsa, uma grande ilusão, uma grande fantasia. Quando da chamada dessa entrevista, o bom telespectador, aquele que sabe o que é a TV brasileira e mundial, que vive de sensacionalismos baratos, já podia simplesmente mudar de canal ou desligar a TV ou ler um livro, porque estava escancarado para todos que se veria a seguir apenas e tão somente, busca por indices maiores de audiência. Tudo na TV é duvidoso, e carece de autenticidade, desde desenhos infantis até o nosso bom futebol, passando pelas novelas e telejornalismo, então a pergunta que não quer calar, é: Como mudar esse estado de coisas?
 Gabriel Calixto
 Enviado em: 12/04/2006 22:41:23
Discordo inteiramente do Sr. Maurício, que denuncia o caráter julgador da imprensa e, no entanto, a está julgando. De julgamentos já chega os que fizeram os advogados da ré, menosprezando a nossa inteligência. O Sr. Maurício quer dizer que não haveria farsa se não houvesse uma câmera sobre ela. Ora, será que vamos voltar àquela famosa pergunta: Se uma árvore cai na floresta e não há alguém para ouvi-la, ela faz barulho? Tanto faz, que as absolvições atrás de absolvições feitas à sombra da imprensa estão abarroando a nossa sociedade de criminosos convictos e livres. Portanto, eu prefiro ir ao teatro e criticar os atores do que encontrá-los num beco me apontando um revólver
 Ozéias Souza
 Enviado em: 13/04/2006 11:17:11
"Na antiguidade clássica, a humanidade se oferecia em espetáculo aos Deuses do Olimpo. Na modernidade ela se oferece em espetáculo a si própria." (BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica). Curioso como este alemão que morreu no período inicial do nazismo seja tão atual...
 Mauro Souza
 Enviado em: 13/04/2006 12:44:27

Bom dia! Prezado Maurício, Achei extremamente oportuno seu texto. Cada dia que passa tenho observado uma imprensa mais tendenciosa, que publica os fatos que lhe interessa e da forma mais conveniente para seus negócios - ganhar muito dinheiro. Dois exemplos que eu poderia citar que me incomodam, extremamente, são os escândalos do governo Lula e da atual situação da Varig. Em relação aos escândalos, a sensação que eu tenho é que a corrupção, o mensalão, os desvios de dinheiro público... que tudo isso foi criado unicamente pelas mentes maquiavélicas dos políticos do PT. Parece que nada disso acontecia antes de 2002. O papel da imprensa: reforça esta idéia e ganhar muito dinheiro com as publicações sensacionalistas.

O outro caso é sobre a Varig. Conheço pessoas que lá trabalham e sei o que estão enfrentando. Acompanhando diariamente, através da internet, o desenrolar dos acontecimentos, pude reparar que em nenhuma reportagem publicada, até então, comentando sobre este assunto, houve alguma referência aos bilhões de reais que a Varig ganhou na justiça e que o governo deveria pagar relativo aos congelamentos de tarifas e outros coisas. Dinheiro que já foi pago para a Transbrasil e Vasp!

O que eu leio, e que a imprensa insiste em divulgar, é que a companhia aérea está pedindo dinheiro público para sanar sua atual situação! Mentira! E o engraçado foi que eu fiquei sabendo que foi levantada e sitada esta questão durante todos atos de apelo feitos pelos funcionários da Varig nestes dias. Além de alienar e emburrecer o povo, com reportagens medíocres, sem conteúdo e sensacionalistas, ela ainda ajuda a degenerar a pouca inteligência dos brasileiros.

 Calypso Escobar Velloso
 Enviado em: 15/04/2006 14:41:51
Esta questão delirante de pode ou não pode me faz lembrar o grande filósofo do ser ou não ser;os anjos desta menina assassina pedem não um teatro,mas uma justiça,sendo ao contrário ela será um bárbaro exemplo para a sociedade.Já ouve outro crime do filho matar os pais pelo ganho da herança,desta forma vai se tornar um rosário de sementes que darão frutos envenenados.O advogado deveria ser punido pelos péssimos andamentos,que eu nunca precise dos serviços deles;estou com a IMPRENSA ela tem por obrigação informar a população,este fato é verídico,se mais adiante o jornalista causar um êrro será penalizado.Por Judas na antiga identidade,que o Brasil venha fazer na ocupação o lugar de exterminar estas hediondas atitudes.Tenho enjoos de saber que neste circo quem mais está ganhando é a propria homicida e o cúmplice Advogado,onde há dinheiro todo cuidado é pouco.É fácil comentar,isto faço eu,louvo os informantes e desprezo as farsas,nem inteligência é necessário para estar pagando o ingresso desta esperteza circense.Grata Calypso
 João Silva
 Enviado em: 13/04/2006 11:31:02
Acredito no papel da imprensa neste país, porém o que vejo neste caso é um enorme sensacionalismo promovido pela rede Globo de Televisão, sem a preocupação com a ética, e manipulando dados e informações para formar opinião do povo. Suzane deverá ser condenada e pagar pelas barbaridades que fez, mas que isso ocorra de maneira natural e dentro da lei com moral, ética e honestidade.
 Donizete Carminato
 Enviado em: 13/04/2006 11:40:00

não consegui situar a posição dos senhores no comentário. Não ficou claro se concordam ou não com a publicação da reportagem, como foi ao ar, ou se muito pelo contrário. A impressão que tenho é que mesmo os srs ficaram tão estarrecidos com o desenrolar da história, que fica mesmo difícil fazer qualquer juízo de valor com clareza, ou mesmo tomar algum partido, principalmente quando nos esforçamos por evitar o maniqueismo. Na minha opinião, a Suzane, a imprensa e o advogado, fizeram a sua parte, ou no mínimo, agiram como estão acostumados a agir(vejam aquele filminho da sessão da tarde, o grande mentiroso). Ela quer ficar livre, ele quer notoriedade e dinheiro, a imprensa quer audiência e poder (provou seu poder no fato) O problema não está neles, está em quem levou àquela situação ser possível.

Qual foi o crime dela, nesse episódio? Fingir? Qual a prova disso? E se os sentimentos dela fossem coincidentemente iguais às orientações do advogado? Quem pode provar o contrário. Acontece que o meio juródico ficou atordoado com a divulgação do obvio hululante: os advogados estão pouco se lixando pra verdade, o que importa é o a lei permite ou não, e como o júri vai agir. Não existe nenhuma regra obrigando o advogado a falar a verdade. Muito pelo contrário, teve juíz dando habeas corpus para depoentes poderem mentir no congresso.

Pior de tudo é um juiz libertar a garota, o advogado pede pra ela mentir, o jornal divulga, e ela é presa de novo. Qual o papel do ministério público? Qual o papel do juíz que libertou e do que a prendeu? Foi desferido mais um golpe nesse caso, além daqueles que vitimaram os pais da assassina, um golpe certeiro no já desacreditado sistema judiciário, que é baseado, em boa parte, em mentiras, aquelas que não tem microfone para aparecerem. Isso, sem falar das abobrinhas que se fazem no congresso com a história do mensalão. Ah, desculpa perguntar, se se provar agora a existencia do mensalão, o Roberto Jeferson vai ser "descassado"?

 Christiane Oliveira
 Enviado em: 15/04/2006 01:54:52
A imprensa é responsável sim, pelo que publica, mas se a notícia entrou no "palco" dos crimes discutidos nacionalmente a população que assiste TV e chega a suas conclusões através dela, nada mais justo que mostrar a verdadeira face da ré e a que tipo de justiça estamos submetidos.
 SONIA MEDEIROS
 Enviado em: 13/04/2006 11:48:56
BRILHANTE a observação. Aliás poucos são aqueles, como o autor do texto, que tem a coragem para mostrar esse lado um tanto desprezível da sociedade, que julga sem ter a capacidade e a competência para tal, apenas para fazer coro àqueles profissionais da imprensa que PRECISAM do sensacionalismo pra obter IBOPE. Infelizes profissionais - seriam mesmo profissionais?
 Luis Fabiano Alves Pereira
 Enviado em: 13/04/2006 12:19:56
Concordo totalmente com o que foi colocado pelo sr. Maurício. De fato se foi uma farsa era para ser informado como farsa e não para ser explorado como espetáculo. Uma coisa é uma novela, ou um teatro, tem o seu local para ser exibida e tem os seus profissionais para atuar. Outra é um Telejornal ou uma matéria jornalista impressa. Informar sem deformar, esse deveria ser o preceito do jornalista. Fiz Jornalismo por dois períodos. Desde o início sempre se fala que o jornalista não pode participar dos fatos e sim informá-los. Tem até um filme que não me lembro o nome, bem antigo e em preto e branco, que os professores exibem para os iniciantes em jornalismo, que conta as peripécias de um jornalista que para dar um furo jornalistico causa uma catastrofe num resgate a uma mina desativada. É mister que também seja responsabilizados os órgãos de imprensa que participaram da quase farsa, se houve. Porque aquela garota não convenceu ninguém alem dos doidos admiradores de criminosos.
 Bernadete Araujo Lima
 Enviado em: 13/04/2006 11:14:39
Finalmente leio um comentário lúcido sobre toda esta esta encenação. Realmente, por trás do interesse público tão propalado pela imprensa está sempre o interesse pela audiência. Violam constantemente o direito individual e fica por isto mesmo. Foi bom saber que o crime no caso do sigilo é a divulgação, pq o que a mídia passa é que foi um crime em si.
 Patrícia Paula Santos
 Enviado em: 13/04/2006 23:51:19

Sou jornalista mas também crítico da imprensa. Quando a mídia procede de forma oportunista, dissimulada ou coisas do gênero, não meço palavras: discordo e toco na ferida. Neste caso, concordo com o Maurício. Está óbvio que, mais uma vez, a imprensa quis montar um espetáculo, afinal é isso que dá audiência, vende revistas e jornais. A função da imprensa é informar e da justiça, julgar. Sensibilizar, provocar rebuliços, comoções..., não deveria ser teoricamente o papel da imprensa, no entanto é exatamente isso que ela tem proposto nos últimos anos.

A fórmula vem dando certo e como não se mexe em time que está ganhando... A minha posição em relação à mídia é esta porém isso não me impede de considerar o caso "Suzane" estarrecedor. Estou cada vez mais assustada com a falta de ética, sensibilidade e amor do ser humano. Continuo questionando: Que sociedade teremos daqui a alguns anos se as pessoas permanecerem desmerecendo os preceitos morais?

 isabela zanelato
 Enviado em: 13/04/2006 11:43:15

achei realmente tremendo que a propria imprensa se encontre nestes dois casos que so se tornaram "tragédia" graças à imprensa. achei muito legal o que li de um funcionário da imprensa, que encherga a culpa nisto tudo, alguns tem se achado verdadeiros heróis por ter colocado a suzane na cadeia de novo, sinceramente deveriam se sentir culpados por fazer o papel da promotoria, e recoloca-la na cadeia, o mesmo serve´para o caso palocci, acho que os casos de corrupção, mensalão, etc, devem ser vasculhados e colocados na mídia à tona mas no caso da suzane, estamos falando de pessoas, de uma vida na cadeia.

sera que os reporteres que publicaram isto ja passaram um dia numa cela?acho que a promotoria deveria ter ido na casa onde ela estava morando,entrevista-la particularmente, sem cameras ou microfones( que foram ligados antes por pura má fé)e descobrir se ela deveria ou nao voltar a cadeia, mas reporteres que queremn se promover as custas de vidas, realmente são pessoas piores que as condenadas por eles mesmos. parabéns pela atutude de tocar no assunto e tirar essa cora de heróis que a jmidia se colocou nestes casos. beijos isabela zanelato

 Donaldo de Andrade Silva
 Enviado em: 17/04/2006 12:24:27
Sr maurício, a nossa Impresa não se cansa de fazer o que bem quer, sem nem se preocupar com a ética, a retidão, a imparcialidade, a pretesa, a veracidade e a própria honra, o que interessa de verdade são três coisas: -1ª faturamento,bufunfa (O quanto vou vender) -2ª furo(competição no meio) -3ª Ibope,fama, manchetes. O resto que se dane, posso fazer o que bem endender, não hverá punição mesmo, mesmo que eu tiver errado. Me lembra um filme de Bang Bang, uma terra sem lei.
 Marcia Guimaraes
 Enviado em: 13/04/2006 11:19:08
Concordo em genero, número e grau, com a matéria. Acho que a Rede Globo prestou um desrespeito a todos os brasileiros. Porque ela julgou e condenou. Não falo do crime, mas como você mesmo disse, tudo que é publicado tem que ser verdade, farsa não é verdade. Ela procurou ibope e alcançou, as custas do que não sei... Está na hora da imprensa brasileira ficar mais séria, ter mais responsabilidade com o que publica e não correr apenas atrás do ibope barato, inconsequente.
 Eduardo Cosomano
 Enviado em: 13/04/2006 11:24:15
Texto de coerência primorosa. As comparações com o caso da caixa econômica foram muito bem colocadas e evidenciam o descaso da imprensa com os fatos. O sensacionalismo toma conta e os jornais continuam a fazer o papel da justiça. Porém, más notícias são boas notícias. Fatos não são notícias.
 claudio casamassimo
 Enviado em: 13/04/2006 11:32:16
Acho que a imprensa esta correta em escancarar esses acontecimentos, acho que o jornalista que fez esse comentario contra a imprensa deveria analizar melhor, porque quando a mulher que ficou presa devido ao futo de um pote de mantega ele nao fez esses comentarios tambem , acho que e por que ela nao tem dinheiro. A imprensa tem que ser livre.
 Maria da Glória Almeida de Andrade
 Enviado em: 13/04/2006 11:29:30
Muiro bem. Concordo plenamente e fico satisfeita que existe jornalistas com conciência da etica em toda profissão. Assim vale apena ler, ver e ouvir... Obrigada. M.Glória A. Andrade
 Niro Abelha
 Enviado em: 13/04/2006 12:29:56
Gostaria de abordar a diferença da imprensa jornalística e venda de espaço e tempo pela mídia,pois em nome da nobreza da primeira o que mais se faz é a segunda,TUDO POR DINHEIRO -q é safadeza,corrupção,lobby,imagem,chantagem,promoção,politicagem,até mesmo crimes hediondos. A reportagem aborda a responsabilidade da imprensa como nobre, e no caso específico da garota assassina dos pais,foi um negócio,pois a Globo e a Veja estão ha meses negociando uma reportagem com alguem que vendeu POR DINHEIRO, que se não foram os advogados,pelo menos eles são partícipes da farsa remunerada,e enfim tudo isso não devia ser chamada de IMPRENSA,pois se assim o for todos que nela militam são venais,e creio que existem ainda muitos que disso não pactuam e estão sendo envolvidos ao se generalizar,da mesma forma quando se usa a sigla Partido dos Trabalhadores, como se todos os trabalhadores públicos e privados fossem coniventes com mensalões e desvios de dinheiro.A IMPRENSA verdadeira e nobre deve ser respeitada,assim como os trabalhadores em geral, e não devem ser misturados com os safados que nela se escondem,pois a FALSIDADE é o ANTÍDOTO DE IMPRENSA.
 Vânia Carvalho
 Enviado em: 16/04/2006 17:51:34
Concordo com o ponto de vista exposto nesta matéria, tanto no caso de Suzane como no extrato do caseiro. Manipulação dos fatos, aproveita-se da ignorância da maioria das pesoas, principalmente das que têm apenas a TV como meio de informação. Abusa-se do clima emocional e pouco se atêm aos fatos. Divulgar uma conversa particular entre o adovogado e sua cliente é o mesmo que divulgar uma gravação de médico com seu paciente. Esquecem-se de que, culpadas ou inocentes, as pessoas têm direito a uma defesa, é o que se quer tirar de Suzane, o direito à defesa.
 Halbert Andrade
 Enviado em: 13/04/2006 11:55:00
Concordo plenamente com a matéria. A imprensa se acha no poder de "comandar" o Brasil, e acaba cometendo inúmeras bobagens... São um bando de aproveitadores mal intencionados e de mau-caratér. Servem apenas para aumentar a dor e o sofrimento das pessoas, tirando delas assim, as únicas coisas que as restam. FÉ E ESPERANÇA!
 CAMILA AMORIM
 Enviado em: 20/04/2006 08:34:41
NÃO SEI SE REALMETE O FANTÁSTICO FOI CORRETO EM SUA ATITUDE, PORÉM SE ISSO POIS SUZANE NOVAMENTE ATRÁS DAS GRADES NÃO ACEITO A ATITUDE DO FANTÁSTICO!!!!!! LI EM ALGUM LUGAR QUE MESMO QUE TENHAM GRAVADO COM A PERMISSÃO DE SUZANE E SEUS ADVOGADOS, A EQUIPE DO FANTÁSICO NÃO PODERIAM DEIXAR IR AO AR A PARTE EM QUE ELES A ORIENTAM SEM ANTES CONSULTÁ-LOS... DE QUALQUER FORMA JÁ FOI FEITO MESMO... SÓ ESPERO QUE SEJA FEITA A JUSTIÇA DE DEUS ANTES DE QUELQUER COISA... CONCORDO QUE SUZANE SÓ CUMPRA 1/3 DE SUA PENA QUE NO CASO SÃO 5 ANOS 2 JÁ CUMPRIDOS. PARECE ESTRANHO PORÉM ESPERO QUE DEUS A PUNA NÃO OS HOMENS... E QUE ELA SE ARREPENDA DO FUNDO DO QUE FEZ E QUE CLAME A MISERICÓRDIA DE DEUS VERDADEIRAMENTE QUE A SUA ENTREVISTA PARA VEJA SEJA VERDADE... ATENCIOSAMENTE CAMILA AMORIM
 Jaiel de Assis Lopes
 Enviado em: 15/04/2006 03:07:05
Prezado Jornalista Mauricio cardoso, tão logo foi divulgada a reportagem da revista Época sobre o extrato bancário do caseiro me pareceu que havia uma tremenda armação para provocar mais crise no governo. Um ministro como o Palocci equilibrado e inteligente e um presidente de uma Caixa Econômica Federal, não iriam cometer erros tão infantis de divulgar um extrato bancário de um caseiro e caracterizar a quebra de sigilo. Alguém de dentro vasou a informação para a revista Época e esta publicou deixando que os inimigos do governo caracterizassem o ato como quebra de sigilo bancário a mando do ministro para o circo pegar fogo.
 JOEL CONRADO VEIGA
 Enviado em: 13/04/2006 16:51:03
Não podemos nos afastar de uma realidade que os jornais e tvs são emprêsas e ambos setores dependem de anunciantes,leitores ou telespctadores. Pior que falsidades é a omissão de informar com independência, doa a quem doer. Porém, agradar a gregos e troianos é uma utopia.A liberdade da imprensa se assemelha a livre expressão do pensamento. Deve ser garantida. Em muitos casos jornais e revistas se rendem ao poder econômico, aos políticos e mesmo aos leitores e a audiência. Não nos esqueçamos que, como aqui na França, a grande maioria da audiência de rádios e tvs é composta da classe B,C,D e esse tipo de público ou consumidor, jornais e revistas devem e precisam se orientar com shows, entrevistas e posicionamentos políticos que afetam diretamente, de forma positiva ou negativa, a rentabilidade de uma emprêsa de comunicação. É por isso que não vemos nos horários nobres música clássica, óperas ou temas literários, embora existam rádios especialistas.... com baixo índice de auidência. Triste de realizarmos é a vulgaridade artística e uma vez mais o escamoteamento da verdadeira informação e a dependência ou a servitude ao poder político ou econômico que determina a vida ou a morte de uma emprêsa de comunicação. O resto é discutir o sexo dos anjos...
 Alex Sander Rodrigues de Moraes
 Enviado em: 13/04/2006 12:06:04
Concordo plenamente com este comentário, o que se vê hoje em dia seja em qualquer ramo de atividade são as pessoas tentando tirar proveito da situação a qualquer custo, se existem pessoas que passam por situações realmente constrangedoras, isto é, agredindo sua própria personalidade para ganhar algum dinheiro ou levar alguma vantagem, imagine o que essas mesmas pessoas podem fazer com outras para conseguir seus objetivos. Nesta hora a ética, a moral, a ordem pública ficam de lado e se escondem atrás de uma cortina de fumaça chamada liberdade de imprensa e direito à informação e baseado neste último tentam e por várias vezes conseguem vender este tipo de informação à opinião pública sob a édge de estar contribuindo para com a sociedade. O que contribuiria mais para a sociedade, um programa educativo ou uma matéria como a da Suzane? Qual matéria vende mais, a da Suzane ou um programa educativo? Será que imprensa está contribuindo com a sociedade ou para seu próprio ibope e cofre?
 Katiurcia Correia
 Enviado em: 13/04/2006 11:27:50
Bom dia! Gosto muito de ler suas matérias mas não pude deixar de comentar essa em específico porque quando falar que "Se a informação é falsa, ela não merece ser publicada. Na medida em que se publica uma falsidade, quem o faz assume a responsabilidade pela falsidade, participa da farsa, mesmo que seja para denunciá-la. Então, por que publicar a falsa lágrima da mulher que matou os pais?". Isso ficou meio chato pareceu despeito. A impressa tem obrigação com a sociedade e o que vi foi o cumprimento dessa obrigação e consideração com a população.Na verdade foi um FURO DE REPORTAGEM. Parabéns para a emissora que conseguiu esse furo e tem que saber reconhecer quando um trabalho é bom. Obrigado!
 Erisvaldo Souza
 Enviado em: 13/04/2006 12:03:45
Acho que o jornalista foi muito feliz em tratar assunto de tanta importância. Estão querendo transformar os telespectores em bonecos da mídia manipuladora. Está na de acabar com a mídia pra vender revistas e dar pontos no IBOPE, precisamos de uma mídia que noticia coisas de interesse da sociedade... Papel da imprensa... Fora esses abutres da mídia manipuladora!!!
 jose ambrosio
 Enviado em: 13/04/2006 19:21:00
Mauricio seu texto tem a mais profunda verdade,uma farsa montada pode ou nao ser divulgada e que respondam pela divulgação seus responsaveis. Voce equeceu de citar o papel miseravel dos piores atores da trama, os advogadops da re,que mesmo tendo seus planos ido por agua abaixo continuaram lindos, leves e soltos aplicando golpes baixos por ai.ferarram a cliente e daqui a pouco nuinguem se lembra o nome deles e estaram novamente afrontando a sociedade, so pelo fato de te-los desmascarado justifica a exibição da materia. A oab tao zelosa em receber seu honorarios deveria agir com presteza e dureza, mas vai ficar apenas em uma suspen~ssão e olhe la. Seria bom alguem sempre repetir o nomee o crime deles poisassim estariamos livres de figuras nefastas como estes advogados. Ninguem tem o direito de praticar um crime para inocentar outrem.OUTREM.
 chico nunes
 Enviado em: 19/10/2008 15:46:10
Ação Pública contra todos os órgãos de imprensa envolvidos neste caso. A liberdade de imprensa deveria ser usada para construir e a imprensa no Brasil não constrói nada. Quantas Isabelas, quantas Heloas serão necessárias para alguém dar um basta nisso? Fica o apelo a quem possa, ou conheça melhor a lei, para que se responsabilize imediatamente a imprensa brasileira que não tem vergonha de se enriquecer com a desgraça alheia.
 Jair Vieira
 Enviado em: 13/04/2006 11:06:06
Acho que a imprensa, neste caso foi mais uma ferramenta em auxílio às investigações....Oq vc quer é defender o indefensável! Por todos os fatos narrados e realizados , qualquer ferramenta que desmascare de vez essa quadrilha e esse monstro......è válido Difícil se questionar ética. O que pode? Não vi nada que desviasse o foco, a investigação ou tentasse manipular os fatos!
 ana paula viana
 Enviado em: 13/04/2006 11:18:33
Parabens a primeira materia do Caso Richthofen que descobriu o manto da hipocrisia de alguns que fazem parte da imprensa brasileira.
 Rodrigo Coelho
 Enviado em: 13/04/2006 11:14:00
É muito triste termos opiniões como a do Sr. Maurício a respeito da Imprensa. E por estas e outras que temos de assistir passivamente ao novo tratamento dado àqueles que cometeram crimes hediondos, por exemplo.
 Chris Souza
 Enviado em: 13/04/2006 12:12:30
Concordo que tudo não passou de um grande espetáculo, mas, para países onde a justiça engatinha, não tem nada melhor do que um grande espetáculo para que a opinião pública force a justiça a agir. Ambos erraram, advogados e imprensa. Primeiro pq todo advogado criminalista precisa fazer isso para que o cliente não fale sobre assuntos que podem prejudicar o caso, então isso não é novidade para ninguém. E a imprensa pq agiu de má fé. Mas, eu achei ótimo, sei que não vai dar em nada, igual ao que aconteceu com Guilherme de Padua, mas, é bom, porque de alguma forma ela tem que pagar pelo que fez, se não for pela justiça que seja desprezo e repudio da população. Atc.,
 João Marcos Ribeiro
 Enviado em: 13/04/2006 11:34:48
Excelente artigo, já está na hora de alguém quetionar o tal quarto poder da imprensa, ela também deve ser responsabilizada pelo que informa e como informa, chega da ditadura da mídia que muitas vezes julga e condena o indivíduo sem lhe dar a mínima chance de defesa. Sou a favor da liberdade total de imprensa, mas toda liberdade trás consigo uma grande responsabilidade. No caso do "circo Richthofen", concordo com o articulista que a matéria só serviu prá aumentar o ipobe dos orgãos que publicaram, não fazem nenhum bem ao Brasil e à democracia.
 Vera Lucia Assis
 Enviado em: 16/04/2006 09:18:22
Exelente ponto de vista. É bom saber que há gente da mídia com bom senso e inteligência. É impressionante o que a TV faz em busca de audiência.Como as pessoas não percebem?
 Luiz Antonio Faisal
 Enviado em: 13/04/2006 11:50:42
Em nome da tão falada democracia, não só os profissionais de imprensa como a sociedade e tambem nosssos poderes constituidos fazem o que bem entendem sem se preocupar com ética ou prejuizo a quem quer que seja.Vivemos num país com total permissividade de ações sem as devidas punições e não é apenas culpa governamental mas sim da sociedade como um todo. Democracia sem obrigações sociais é simples fachada nesta novela e farsa chamada Brasil. Grato pelo espaço.
 Geraldo Silva
 Enviado em: 13/04/2006 11:25:11
Parabéns, até que enfim encontro uma pessoa com idéias e conceitos inteligentes em uma país em que se valendo da liberdade exagerada alguns meios de comunicação aproveita e denigre quem quer que seja para vender e faturar...Existe culpa da justiça, hoje em dia se sabe no Brasil que ela é lenta e com isso quando há julgamento ninguem se lembra mais do ocorrido e com isso as chances dos culpados aumenta...O que ganha o Brasil consequentemente os brasileiros com a saída do ministro Palloci, com a prisão no momento da Suzane e com esta briga de poder da oposiçao brasileira(PSDB e PFL)contra os brasileiros que votaram no presidente. A mídia televisiva e a escrita tem que rever seus conceitos, afinal são fazedores de opinião mas quando querem audiência e faturamento exageram e cai no descrédito, como por exemplo quando coloca em reportagens pessoas do tipo de ACM, Bonhaursen, Tasso, FHC, Alckmin e outros falando em honestidade e ética, soa falso e todos sabem que eles não tem. Deveriam colocar em foco necessidades do povo, história, cultura e o que está se fazendo para melhorar o país e cobrar ações em vez de continuar com a ladainha de derrubar o presidente, condenar pessoas e mostrar paradigmas errados para as pessoas seguirem. Valha-me Deus...
 Cesar Gramkow
 Enviado em: 13/04/2006 12:06:02
Não apenas a crítica é verdadeira, quanto também o cidadão, mesmo aquele bem informado não desvaloriza a maneira como é colocada a informação. Gosto de ouvir a voz do Brasil, pois informa. O cidadão decide o que fazer com a notícia. A emoção do fato pertence ao cidadão e não ao jornalista. Infelizmente no país da mediocridade convivemos com o esdrúxulo tão enobrecido que passa a ser luxúria, e não é visto como pecado. À propósito, a proliferação de cursos "superiores", responsável pela massa crítica, parece-me uma grande escola de hipocrisia. Nós somos responsáveis em dar IBOPE para este lixo televisivo.
 Gustavo Mafra
 Enviado em: 13/04/2006 18:11:18
Maurício Cardoso está certo em levantar a questão da participação da imprensa. Não vi a matéria do Fantástico, mas a da Veja possui um viés claramente incrédulo. Dessa forma o lide da notícia não seria "suzane chora e se arrepende", e sim "suzane finge chorar e se arrepender". E aí é sim uma notícia que deve ser publicada (partindo da premissa de que o caso é mesmo de interesse público).
 Diego Vaz
 Enviado em: 13/04/2006 11:39:40

É bem da verdade que huove farsa por parte da imprensa, esta que julgou - se muito inteligente e eficaz com tal atitude, mas não seria ela a mais ingênua, a que fora enganada e que na verdade os verdadeiros astutos e oportunistas não foram os advogados? Como isso é possível?Simples, talvez a extrema inteligência dos advogados induziu a imprensa a achar que estava enganando - os quando na verdade era ela a ítima dessa peça teatral, pode ter - se tratado de uma jogada, de risco, mas uma jogada , dos advogados para levar o júri a crer que a cliente deles é "INFLUENCIÁVEL", pois ao fazer Suzane agir como eles mandaram , estes tentam provar que os irmãos cravinhos influenciaram a ré, uma vez que a mesma é uma pessoa influenciável, isso mesmo, eles poderão usar isto como um trunfo e usaram a tão sábia e eficaz imprensa como instrumento de sua defesa. Seria isso um absurdo, afinal seria muito arriscado, mas é para refletir - se, afinal é sim um possível trunfo,e será que advogados tão intlectus dexare - se - iam ser pegos em um ato tão primário, como teoricamente seria essa farça, sendo que até então não cometeram um deslize, um erro, e foram extremamente eficientes em todas as suas atitudes.

Seria interessante que esse pensamentoa chegasse ao povo, para que este tirasse sua conclusão, mas o mesmo tem que ter todas as informações e conhecer todas as possibilidades para ser sábio em sua decisão. O Júri, no caso, é popular.

 Marcos Jank
 Enviado em: 13/04/2006 11:57:18
Vivemos uma crise mundial com a imprensa que acusa, julga e pune, mas discordo do comentário em alguns pontos. 1º o caso de Suzane, a imprensa foi chamada para uma farsa e não fez mais que obrigação e está corretíssima em divulgar a farsa, o que está errado são os aproveitadores do Poder Público chamado "Justiça falida" quando alguém deste poder se manifesta ou ouço algum Advogado falando, sito que este País não tem mais jeito, bando de sem vergonhas que sugam o Brasil até a última gota. 2º O senhor Consultor Jurídico está errado em afirmar que o Ministro e o Presidente tem direito de quebrar o sigilo bancário de qualquer pessoa baseado em não divulgar, o que foi feito por este Partido de merda chamado PT representa uma violação do cidadão, típico de qualque País ditatorial de direita e principalmente de esquerda, bem alá Stalim, que visa monitorar os cidadão e repreendê-lo, sua opinião parece as dos representantes do PT no Congresso e no Senado, que defendem qualquer tipo de violação, desde que não seja a de integrantes do PT.
 paulo perez
 Enviado em: 17/04/2006 11:07:42

"O Ministério Público, com o oportunismo que lhe é característico, entrou em cena e fez o pedido para que fosse restabelecida a prisão preventiva de Suzane. Como se fosse crime fracassar no papel de atriz no desempenho de um personagem infeliz".

Concordo que foi um erro grave a publicação da farsa de Suzane, a tentativa de utilização da mMidia para "criar fatos positivos" pelos advogados, afinal, que todo o ocorrido foi de uma infelicidade tremenda, mas daí compactuar com a afirmação, também infeliz, de Mauricio Cardoso sobre um suposto "oportunismo" do Ministério Público é pedir demais! Suzane foi presa novamente não porque foi má atriz, ou porque chorou falsamente! Foi presa porque nunca deveria ter sido solta! A decisão que a liberou não levou em conta a gravidade do crime que a mesma cometeu e sequer cogitou que a mesma pudesse buscar a imprensa, como o fez desastradamente, tentando "reformar" e "lograr" a opinião pública! O MP não foi oportunista, apenas agiu no interesse da sociedade. Ou serão oportunistas, agora, os advogados que interpõe HC em favor de Suzane em razão de sua prisão? Não também! Apenas querem a liberdade de sua cliente! Infeliz o tom utilizado pelo articulista ao se referir ao MP, instituição que, às vistas de tantos casos de corrupção e da criminalidade galopante, ainda é o último suplício dos cidadãos de bem.

 Adilson G. Cantanhêde
 Enviado em: 13/04/2006 11:34:06
A ÉTICA é o princípio das boas relações.., "AS MÁS CONVERSAS CORROMPEM OS BONS COSTUMES".
 Angelica Senna
 Enviado em: 13/04/2006 12:33:13
Até que enfim alguém conseguiu, com bastante propriedade, falar sobre o papel da imprensa. Atualmente, com um festival de "denuncismos", todos os dias lançam matérias ´"jornalísticas" com o intuito de vender/ganhar ibope, sem se prestar a atenção à seriedade dos fatos. Excelente matéria. Até que enfim alguém com responsabilidade! Amei a matéria.
 Sergio Leme
 Enviado em: 13/04/2006 12:29:48
Poucas vezes lemos artigos sobre a imprensa com tamta isenção. Se um orgão regulador da imprenssa pode ser confundido/utilizado como cênsura, poderiamos falar em um Conselho de Imprensa nos moldes da OAB; CREA; CRM; etc..
 Alexandre Rodrigues Alves
 Enviado em: 19/04/2006 12:37:40
Incrível a importância que se dá ao caso Richtofen...Parece que não existem outros crimes que acontecem diariamente no Brasil...Sem contar que não se faz uma discusão séria na imprensa sobre segurança pública e mudanças no código penal, que são as coisas necessárias para que a violência como um todo na sociedade, e não apenas casos isolados, diminua drasticamente...
 helio aguiar junior
 Enviado em: 14/04/2006 16:53:41

Sabe, sou jornalista há 15 anos e vejo que a cada dia fica mais difícil trabalhar na área. Os comentários do Maurício tem lá sua parte correta, de acordo com meu humilde ponto de vista. Quando digo que a área está cada dia mais difícil é pq não sabemos mais a quem agradar e se o que fazemos é certo ou errado. O problema é que há tantos "picaretas" no ramo com registro provisório ou não que ao observar-mos uma reportagem como a "dita curja" pensamos, será que os jornalistas não feriram a ética profissional ao exibir a farsa? ou... será que fizeram o papel correto, como mandam os preceitos jornalíticos de proporcionar um serviço à comunidade?

Eu que trabalho atualmente na imprensa televisiva, particularmente, se fosse o responsável pela reportagem não a teria exibido por acreditar ser desnecessário julgar a "assassina" confessa antes do julgamente oficial. Os verdadeiros jurados, que vão decidir o futuro de Suzane... só estarão à disposição da justiça e até mesmo da comunidade no dia do julgamento 5 de junho, e não antes, no lar de cada pessoa que assistiu a reportagem. No meu ponto de vista, na ânsia de sair mais uma vez na frente das concorrentes e em busca mais uma vez de audiência e bla bla ... a TV Globo se preciptou e condenou a jovem que, pode não ser santa, mas também não deveria ser colocada no fogo antes de ser julgada.

Nós, jornalistas, não somos deuses, mas muitas vezes, brincamos de criadores do mundo e decidimos o futuro das pessoas. Acredito que precisamos de uma "reciclagem", é isso mesmo, "reciclagem" como um produto, uma garrafa pet ou uma lata que passa por um processo de transformação para virar um produto novo, renovado e com vida adequada para que não possamos continuar cometendo erros irreparáveis e irreversíveis. Devemos lembrar que uma vez exposto na mídia, TV, rádio, jornal ou revista, de forma negativa, jamais seremos os mesmos.

 Edson Rasquel
 Enviado em: 13/04/2006 17:14:11
Assino embaixo as palavras do colega e acrescento aqui uma discussão que comecei sobre o assunto no ORKUT, na comunidade dos que detestam a Veja, a rainha das mentiras da imprensa nacional. A propósito, a comunidade "Leu na veja azar o seu", estranhamente, não vem admitindo novos membros e foi clonada no mesmo Orkut. Segundo o pessoal que costuma postar, fala-se em conspiração entre o dono da comunidade e a revista, pois, também estranhamente, o número de membros vem caindo e o tal dono sumiu no mapa. Vale a pena aferir também. Segue mais esse link, caso interesse. 
 alfredo sternheim
 Enviado em: 14/04/2006 17:21:50
A imprensa deve informar embora, nos úiltimos tempos, se preste mais a formar opiniões. As vezes de forma desastrada Mas no caso de Suzanne, a TV Globo agiu bem. Ela, como outros veículos da imprensa, foi chamada e usada pelos advogados de Suzane e... deu no que deu. Eles quiseram usar a imprensa, mas foi a imprensa que os usou mostrando o pouco apego a verdade por parte dos advogados. Aliás, quando estão em serviço, creio que esta não é essencial. Se assim fosse, advogados não estariam a serviço de assassinos confessos ou cúmplíces (Suzane), ladrões evidentes (o juiz Lalau)... Outros interesses movimentam os advogados. E não há nada de errado em um veículo da mídia (TV Globo) desmascarar uma farsa que depõe contra o meio jurídico. No caso, o tiro saiu pela culatra, os advogados se deram mal.O curioso é ver que essa mentira deu mais ibope que outras (como a promessa do ex-prefeito de SP), gerou mais debates.
 Nelson Junior Secaf
 Enviado em: 13/04/2006 11:59:02
PARABENS AO SR. MAURICIO CARDOSO, LUCIDO E COERENTE. Nelson Secaf Junior.
 Marcos Ruas Fernandes Ruas
 Enviado em: 13/04/2006 12:49:32
Porque tanto odio da rede globo? Esta é mais uma das materias que denucia uma especie de corrupção. Agora imagine o que esta menina com tamanha farça faria juntamente com seus advogados para prejudicar o irmão? A globo como qualquer veiculo de comunicação que faz estas reportagens, de uma maneira ou de outra colaborou e colabora para denunciar os corruptos. Vamos parar de mesquinharia e lutarmos juntos contra a corrupção. tenta ser proficional, não fique contra a queles que de uma maneira ou de outra nos ajuda.
 fernanda novato
 Enviado em: 13/04/2006 11:33:47
Discordo inteiramente do SRºMauricio,acho que já basta o quanto somos enganados.Não acho justo comparar este caso com o sigilo bancario pois são duas coisas completamente diferentes.O ato que foi praticado por esta moça tem um peso bem maior, como alguém pode matar seus proprios pais e ter direito a tantas regalias. A imprensa fez muito bem de mostrar o quanto esta garota é fingida.
 Roberto Andrade Costa
 Enviado em: 13/04/2006 18:03:19
Quado vi na capa a foto da Suzane, pensei nos assinantes, que bancaram aquela foto e a promoção desta moça. Pensei, o proximo passo é a revista de moda ou de nudez. O seu comentário é importante e seria interessantae que todas as "vítimas" que viram a reportagem, sem mesmo ter lido, e as que leram filtrassem as imformações. Daí o perigo, poucos conhecem o Observatório. Roberto
 Gislaine Queiroz Jimenez
 Enviado em: 13/04/2006 12:47:44
O que eu acho mais impressionante é sairem em defesa dos advogados de Suzanne. Parabéns a Rede Globo a revista Veja por desmontarem a farsa. Hoje, advogados, só pensam em seu próprio bolso. Defender alguém que participou do assassinato de seus próprios pais? Bom exemplo vocês estão dando aos seus filhos, isso para eles será normal, afinal, os próprios pais defendem em troca de algum lucro, uma assassina. Por que eles não podem fazer o mesmo que ela. Cuidado, advogados. Vocês podem ser vitimas da própria ambição.
 Edison Kaufmann
 Enviado em: 13/04/2006 12:48:54
Excelente matéria, ai entendemos quando ouvimos dizer que a imprensa não pode tudo e neste caso especifico, acabam criando o pré-julgamento desta infeliz que se envolveu neste triste episódio.Esperamos que a justiça prevaleça mas que a imprensa investigativa seja ética e responsavel.
 Keila Valente
 Enviado em: 13/04/2006 12:36:48
Nao consigo enxergar como antietica a reportagem da Globo, até porque a Record já havia filmado as férias de Suzane na praia, que procurava se esconder para não ser reconhecida. Para mim foi apenas um reforço a matéria anterior. Eu concordo que quem julga é a justiça e não a população. Mas acredito muito mais na justiça divina, pois essa sim não falha. Não é justo uma filhinha de papai transloucada se sair bem enquanto seus supostos comparças ficam presos. Se é que não foram manipulados por ela, pois não senti na entrevista que os irmãos Cravinhos derão a Jovem Pan nenhuma farsa, acho até que foram simples pois não se preocuparam que a fala deles pudessem levá-los de volta a prisão. Também não são coitados. Estão pagando por embarcar nessa viagem de horrores. Assim, e que me perdoem os senhores advogados, a imprensa prestou um favor a população, desmarando essa trama em rede nacional. Espero qeu nenhum juiz conceda nenhuma liminar para essa pessoinha egoista e insana.
 vera lopes
 Enviado em: 13/04/2006 12:17:06
Parábens, estamos refens da pobreza informativa , e qdo. lemos algo coerente e de absoluta competência,nos alegramos. Ainda há esperança.. os mediocres ainda não dominaram tudo. UNI-VOS SERES NORMAIS. um abraço, Vera Lopes
 Richard Cukurs
 Enviado em: 13/04/2006 11:25:19
Esta de parabens,o sr Mauricio Cardoso,por ter sintetizado em poucas palavras a verdade sobre a manipulação que a imprensa faz,visando apenas aos indices de audiencia,mesmo que para isso tenha que passar por cima dos direitos de cada cidadão,seja lá quem for.Essa falta de etica jornalistica precisa ter fim.Com essa atitude a rede globo com certeza estara pondo em risco qualquer tipo de possibilidade de um julgamento imparcial.Prova disso,é que o promotor e o juiz envolvidos no caso,pediram a prisão da moça.Sera que essa prisão teria sido pedida,se não houvesse a interferencia da Globo?E se a Suzane representa um perigo para a sociedade por que essa prisão não foi feita antes?Acho que os representantes do ministerio publico estão mais preucupados em aparecer diante da telinha,ou não?
 José Lima
 Enviado em: 13/04/2006 12:06:22

Prezado Sr. Maurício, Não lhe conheço, mas sua retórica parece com a de alguém que se irritou com a denúncia feita pela Rede Globo, que foi amplamente apoiada por todas as demais emissoras, o que de certa forma me conduz a indagar que seja um advogado, pois me parece que de alguma forma acreditas que este feito acaba manchando a imagem dos advogados. Não sou nenhum analista ou psicólogo, mas com seu pensamento retorno a minha infância e as discussões em sala de aula sobre a ditadura e, aí sim, não tenho dúvida que seu comentário cerceando o direito à imprensa vem dessa época, mas não quero dizer, com isso, que o senhor foi ou não contra a ditadura. Concordo com o senhor que esse crime vil não deveria entrar em nossas casas de forma alguma, muito menos por intermédio da televisão, mas não foi à televisão que o cometeu e denunciar a manobra repugnante desses advogados, me corrija se estiver errado, é o direito de todo cidadão cumpridor dos seus deveres e, até que me provem o contrário, a televisão é dirigida por cidadãos como eu e o senhor.

Para finalizar, lembro que os advogados, assim como todas as carreiras possuem cidadãos éticos e outros que nem sabem o significado desta palavra, mas acima de tudo, tenho convicção de que a contribuição dos nossos advogados, magistrados, imprensa e muitas outras classes foram essenciais para virarmos aquela página da nossa história e sonharmos cada vez mais com dias melhores, muito embora tenha consciência que deixaremos o proveito destes dias para as futuras gerações.

 Tânia Soraya
 Enviado em: 13/04/2006 12:29:48
Concordo com a matéria, e também penso que devemos lutar para que todos sejam apenados pelos seus crimes, mas que haja um devido processo legal, que antes de tudo é uma defesa da própria sociedade, não de alguma pessoa em especial, todos têm direito a ampla defesa, contraditório e o mais importante ao devido processo legal.
 Luiz Farias
 Enviado em: 13/04/2006 11:37:24
Parabéns pelo comentário, a César o que é de César...
 jose lattes
 Enviado em: 13/04/2006 11:52:36
Parabéns ao articulista. Desde o começo fiquei incomodado com este aspecto e tentei achar um mea culpa na própia mídia. Foi em vão. Agora as coisas foram colocadas nos seus devidos lugares. Cordialmente, José Amaral Lattes
 Valdeci Alevino Paulo
 Enviado em: 13/04/2006 12:31:23
Suas palvras vão ao encontro da mais pura realidade brasileira em que a postura dos orgãos de imprensa visando interesse proprio, ferem o principio da igualdade e acabam desvendando os olhos da justiça. causando dano irreparaveis a aplicação da justiça. Prabens pela materia.
 Maria Alice Almeida Reis
 Enviado em: 13/04/2006 11:47:55
Muito bem escrita e interpretada a matéria. Nossa imprensa precisa parar com sensacionalismo barato e induzir nosso povo ao sensacionalismo e crescimento de ibope. Fez seu papel, forjou uma reportagem bomba já sabendo que nos ia fazer de otários. Tudo bem. Ganhou seu louros mas tem que pagar pelo bônus. Parabéns pela riquíssima matéria.
 Isidoro Leite
 Enviado em: 13/04/2006 12:55:27
Associações corporativistas têm se lamuriado com a descoberta da farsa. Ora, num momento em que o país vê, às escâncaras, que os nossos padrões éticos e morais são de um nível muito baixo, deveríamos estar conclamando entidades como a OAB a se pronunciar claramente contra o procedimento não ético de 2 advogados. Todo réu tem o direito a uma defesa em um julgamento, mas daí a se instruir um réu confesso a mentir, a dissimular para tentar não sofrer as consequências de seus atos, vai uma imensa distância. O papel da imprensa é informar. E qualquer informação deve ser prestada às sociedade. Juízo de valor é a sociedade que deve proferir. Basta de comportamentos antiéticos.
 Cesar Constantino
 Enviado em: 13/04/2006 11:10:19
Finalmente alguém que foge da mesmice de políticos, emissoras de tv e a todos que se enganam e enganam a massa! Verdade incontestável!
 gilberto siqueira
 Enviado em: 13/04/2006 12:26:12
palhaçada da imprensa,a moça não causou dano algum a população ao contrário dos poderosos de brasilia que matam muitos ao desviarem verbas da saúde e educação e nenhum promotor pede sua prisão.
 jorge khouri
 Enviado em: 13/04/2006 12:40:37
Prezados Leitores e Sr. Mauricio Cardoso Partucularmente acho esta materia sobre o caso de susane EQUIVOCADA, e muito mal colocada. Em paises onde a Justiça funciona e os advogados tem escrupulos, ela já estaria cumprindo sua pena,e que em determinados paises resultaria na pena de morte!!!!!!!!! Como alguem tem coragem de dizer que uma assassina confessa, assassina esta que matou seus próprios pais friamente deveria estar em liberdade!!!!! Temos que agradecer ao jornalismo que mostrou o quanto ela e fria e calculista!!!! Já que mostrou alguma algumas inverdades no caso dos irmãos cravinhos, fazendo matérias onde se dizia "semi-marginais", o cristian tudo bem, mas o daniel era construtor de aeromodelos, campeão paulista e brasileiro e 8 no mundial de aeromodelismo, estudava e trabalhava. Falaram que ele era marginal nas matérias. Então que mostrem alguma verdade, como esta que mostram sobre suzane! FRIA E CALCULISTA!!!!!!!

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