TELEFONE SOCIAL

Um presente de grego

Por Guilherme Cardoso em 11/10/2005 na edição 350

Mais um engodo, outra mentira deslavada para a população. Esse negócio de "telefone social" é simplesmente uma enganação. E o pior é que a imprensa, que deveria esclarecer os leitores, não faz nada, apenas repassa a notícia oficial.

Para quem lê e procura entender a notícia, o que o Ministério das Comunicações oferece é o seguinte: hoje, a assinatura mensal de um telefone fixo é de 39 reais, 100 minutos de franquia para ligações e R$ 0,11 para cada minuto que exceder. A "tarifa social" propõe assinatura de 19,90 reais, 60 minutos de franquia e 31 centavos por minuto excedido. E mais: do "telefone social" não poderão ser feitas ligações interurbanas.

Agora, vamos fazer os cálculos e descobrir onde estão as "vantagens": para não pagar pulsos sobre excessos, no "telefone social" o usuário somente pode gastar dois minutos de ligação por dia. Será que alguém consegue conversar apenas dois minutos? E passando esses poucos minutos, o valor que se paga pelo excesso é três vezes maior que o do telefone comum.

Conclusão: com certeza, quem aceitar esse "telefone social" vai pagar no fim do mês o mesmo que o usuário da linha convencional, já que os "descontos" na assinatura vão desaparecer na cobrança dos pulsos em excesso.

Mais uma vez estão fazendo o povo de bobo.

***

Estudante de Jornalismo da Estácio de Sá-BH (www.reagecidadao.blog-se.com.br)

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 Hélvio Tassinari
 Enviado em: 11/10/2005 23:36:16
Estou assistindo agora à discussão sobre o referendo: pretende-se proibir o comércio de armas e munição no Brasil, mas por outro lado parece ser permitida a importação e a legalização de armas compradas no exterior. Isso é coerente?
 Luiz Costa
 Enviado em: 11/10/2005 23:19:26
Este referendo é pura ilusão. A nossa Polícia Federal tem credibilidade hoje na apreensão de armas na fronteira? O uso de armamentos pesado pelos bandidos tende a diminuir com o referendo? Caso seja proibido o comércio de armas de fogo, vai imperar o contrabando de armas importadas, com preço inflacionado. Aliás, segundo noticiário, são os proprios policiais que abastecem os bandidos. Como exemplo, que se proíba a TV de exibir filmes atentatórios às familias brasileiras.
 Jorge Karam [com nota do OI]
 Enviado em: 11/10/2005 23:30:54

Sou favorável ao não, pois sou filiado a um clube de tiro, tenho treinamento prático a cada 15 dias. Passei por todas as etapas impostas pelo governo para ter e usar a minha arma. Gostaria de ressaltar que a minha arma já evitou alguns assaltos sem necessidade de dar um disparo. Se necessário, teria atirado. Moro na zona leste de São Paulo, sou comerciante, pessoa visada e chego em casa todos os dias após 1h com o movimento do meu comércio. É justo ter o direito a minha defesa. Acho que o governo quer é tapar o sol com a peneira. Já fomos enganados uma vez, agora chega. Acho que o controle de armas é necessário, mas não uma ação radical.

Nota do OI: O referendo é iniciativa do Congresso.

 Francisco Mendes
 Enviado em: 11/10/2005 23:41:37
Parabéns ao programa! A pergunta é direcionada ao ex-ministro do TSE. Por que o TSE proibiu que a mídia interna do Sindicato dos Professores do Estado de SP divulgasse sua posição ao Sim e não o fez em relação à revista Veja, que tem circulação nacional? Qual o criterio de "liberdade de imprensa" utilizado neste caso?
 Gil Horta Rodrigues Couto
 Enviado em: 13/10/2005 07:02:16
Matou a charada. Esse negócio de telefone social pode ser traduzido assim: é negócio para inglês ver. Veste um santo e despe outro. E desse modo o Brasil segue em frente.
 Flavio Sória [com nota do OI]
 Enviado em: 11/10/2005 23:08:06

O debate esta superficial e fora de foco. 1º É preciso que se determinem percentuais dos orçamentos de todas as esferas para a segurança pública; 2º É necessário que os órgãos que prestam o serviço de segurança pública prestem contas de seus serviços e gastos; 3º É urgente que se desmilitarizem as Polícias Militares e unifiquem-se os procedimentos de polícia numa única polícia; 4º É preciso que o serviço preventivo seja desenvolvido de forma participativa da comunidade; 5º É preciso que a imprensa tenha seriedade para elencar estes temas estruturais da violência no debate; 6º E necessário agilizar os procedimentos judiciários e sistemas simplificados de controles aduaneiros; enfim, existe uma série de elementos que é necessario discutir com a sociedade e que com este tempo é humanamente impossivel.

Nota do OI: O foco do Observatório da Imprensa, a partir do nome, é a crítica da mídia. 

 

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