Muitas empresas estão descobrindo o poder da moeda de um euro. Seguindo o exemplo da popularidade das lojas de produtos de um dólar nos Estados Unidos, fabricantes de bens de consumo, restaurantes e varejistas estão cada vez mais desenvolvendo itens de um euro para atrair consumidores preocupados com o orçamento.
Surpresos e irritados ao ver senadores do próprio Partido Democrata criticando um candidato preferido para a presidência do Federal Reserve, membros da equipe do governo dos Estados Unidos iniciaram um esforço nos bastidores da Casa Branca para anular a campanha negativa.
O boom nos preços do milho que ajudou a impulsionar a economia rural dos EUA está se extinguindo diante da expectativa de uma safra recorde. Os preços caíram mais de 40% em relação aos picos históricos de 2012. Isso tem dado algum alívio às empresas alimentícias que vinham sofrendo com os altos custos da ração animal e ingredientes à base de milho.
A maior recessão da Europa desde a Segunda Guerra Mundial parece estar prestes a acabar. Um surto de crescimento na Alemanha vem ajudando a amenizar o sofrimento econômico sentido por muitos na região, mas ainda é modesto demais para melhorar o cenário global.
Os economistas estão pedindo que os consumidores chineses se responsabilizem por uma parte maior do fardo de sustentar a segunda maior economia do mundo. Mas cada vez mais os líderes do país estão afirmando que os dados não estão sendo contabilizados devidamente.
Lawrence Summers, um dos principais candidatos a ser o próximo presidente do banco central americano, provavelmente não vai cancelar de imediato a política de relaxamento monetário adotada por Ben Bernanke, caso seja nomeado.
Por quase duas décadas, o Japão tem sido amplamente irrelevante para a economia mundial. O país ficou preso em uma órbita de decadência, um espetáculo deprimente, mas com poucos impactos para outros países. Para o bem ou para o mal, esse período agora está no fim.
A corrida para substituir Ben Bernanke na presidência do Federal Reserve, o banco central americano, parece cada vez mais se concentrar numa disputa entre dois economistas: Lawrence Summers e Janet Yellen.
A economia chinesa está patinando e, para se constatar como pode ser difícil para o país salvar seu antes tão louvado modelo econômico, basta considerar a zona industrial de Caofeidian, onde um projeto de US$ 91 bilhões está atolado em dívidas e promessas não cumpridas.
Consumidores da zona do euro estão se tornando cada vez menos pessimistas com relação às suas perspectivas, o que pode motivar um ligeiro aumento nos gastos e ajudar a região a emergir da mais longa recessão do pós-guerra.
Autoridades financeiras do G-20 concluíram que suas políticas devem ter como meta a geração de emprego e o crescimento econômico, numa rejeição às intenções da Alemanha de estabelecer metas de endividamento para depois de 2016.
O presidente do Federal Reserve ressaltou que o cronograma da instituição para desativar gradualmente seu programa de compra de US$ 85 bilhões mensais em títulos de dívida não segue um "curso estabelecido" e pode ser adiado se a economia enfraquecer.
As exportações dos 17 países que usam o euro caíram em maio, assim como as importações, uma indicação de que a contração mais longa do período pós-guerra na Europa pode ter entrado no sétimo trimestre consecutivo.
Com o acúmulo de estatísticas mostrando que o crescimento da China está arrefecendo, indústrias do mundo todo estão vendo um novo cenário de vencedores e perdedores. Os que mais se beneficiaram com a ascensão da China agora estão sendo prejudicados. Outros estão se saindo melhor.
A ambição da China de exportar carros chineses para o mundo todo se deparou com um obstáculo, com as vendas caindo por dois meses consecutivos. O país exportou 84.400 carros no mês passado, cerca de 20% menos que no mesmo período do ano passado.
Ben Bernanke e seus colegas de todo o mundo, escaldados pela pior crise financeira em 75 anos, estão buscando maneiras de refrear as farras de empréstimos antes que elas se transformem em bolhas, e incentivar os credores a reforçar suas defesas antes que chegue a próxima crise.
Barack Obama deve decidir nos próximos meses quem será o novo líder do Fed, o banco central americano. Mais uma vez, Larry Summers está disponível. Obama e Summers discutiram a possibilidade de o acadêmico se tornar presidente do Fed em uma conversa privada no fim de 2010.
A longa curva ascendente dos gastos com a saúde nos Estados Unidos finalmente parece estar se aplainando. Mas será um fenômeno temporário, ou o início de uma mudança duradoura? Com os custos com a saúde atingindo quase 18% do PIB do país — US$ 2,7 trilhões em 2011 — é a saúde da própria economia que está em jogo.
O crescimento econômico da China provavelmente desacelerou pelo segundo trimestre consecutivo, de acordo com as previsões de economistas, em meio ao fraco desempenho das exportações e sinais de que o crescimento impulsionado pelo crédito está chegando ao fim.
Os EUA vão iniciar negociações comerciais com a Europa e preparar a próxima etapa das conversas com os países da Parceria Transpacífica. Especialistas em comércio dizem esperar que os acordos também coloquem pressão sobre a única grande economia ausente nas negociações: a China.
O desgastado primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, disse que chegou a um acordo para impedir o colapso do seu governo, mas só depois de quatro dias de convulsão política terem mostrado que a estratégia da Europa para salvar seus membros mais atingidos pela crise não está funcionando.
Os líderes da China estão tendo dificuldade não só para acalmar os mercados e redirecionar a economia do país, mas para lidar com rumores que surgiram devido à ausência de uma comunicação clara, mostram entrevistas e documentos internos.
O Federal Reserve (o banco central americano) esboçou ontem um plano multiface para submeter os maiores bancos dos Estados Unidos a regras de capital ainda mais restritas, visando proteger o sistema financeiro dos riscos representados pelas instituições "grandes demais para quebrar".
Da Turquia ao Brasil e à China estão sendo atingidos por uma combinação brutal de eventos, num momento em que suas economias desaceleram, investidores retiram dinheiro do mercado, os preços das commodities caem e os manifestantes saem às ruas — todos lembretes recentes de que esses mercados podem ser difíceis para qualquer um tentar fazer dinheiro.
Aumentos acentuados nos juros de longo prazo dos Estados Unidos, provocados por declarações do banco central americano, ameaçam as vendas de casas, carros e outros produtos de valor elevado que vêm ajudando a economia do país a se recuperar.
As economias emergentes perderam quase US$ 2 trilhões no mercado de ações desde que a crise financeira estourou, no fim de 2007. E a culpa desse desastre pode ser dada às empresas estatais, que respondem por um terço do valor de mercado dessas economias.
Os negociadores da União Europeia estão pressionando por um acordo final hoje sobre a tão aguardada revisão do programa de subsídios agrícolas do bloco, de 59 bilhões de euros (US$ 77 bilhões), que irá reduzir os recursos para os maiores produtores da Europa.
A recuperação da economia americana parece finalmente estar num caminho menos árido. Muitos economistas agora preveem que 2014 será o melhor ano para o crescimento desde 2005, com a taxa de desemprego estimada para o próximo ano abaixo de 7% pela primeira vez desde 2008.
As siderúrgicas americanas argumentam que o produto chinês recebe subsídios injustos e querem que o governo dos EUA restrinja as importações ao máximo. A China afirma que é, simplesmente, uma produtora mais eficiente.
A presidente Dilma Rousseff prometeu um novo esforço nacional para melhorar os serviços de transporte e de saúde. O problema é que promover novos gastos é o oposto do remédio que muitos economistas dizem ser essencial para conter o aumento da inflação e os déficits do país.
A preocupação de que os líderes chineses não estão oferecendo nenhum estímulo, nem outras formas de lidar com as evidências de fraqueza econômica cresceu depois que um indicador preliminar, divulgado ontem, sugeriu que o setor de manufatura, essencial para a China, encolheu a uma taxa mais rápida em junho do que em maio.
No México eles são chamados de "juniores" — os filhos e filhas da elite do país, jovens cujo amor pelas grifes de luxo só não é tão grande quanto seu senso de ter direito a tudo. Ao se tornarem adultos, os juniores passam a dominar os altos escalões dos negócios e da política.
Esqueça os ratos de laboratório. Alguns pesquisadores já estão testando medicamentos num chip de silício que pode oferecer melhores informações sobre como um remédio ou tratamento funcionam.
O presidente mexicano Enrique Peña Nieto vai tentar nos próximos meses acabar com um tabu de quase oito décadas ao abrir a indústria estatal de petróleo a gás para investimentos privados e a concorrência, iniciativa que o governo espera que atraia bilhões de dólares em investimento.
A proposta de parceria comercial anunciada entre os EUA e a UE tem grandes ambições, mas muitos obstáculos precisam ser superados para que de fato elas se realizem. Uma das principais divergências entre ambos é sobre incluir ou não no acordo comercial a regulamentação dos serviços financeiros.
Em todos os anos da recuperação econômica o Federal Reserve, o banco central americano, superestimou a rapidez com que a economia dos Estados Unidos iria crescer. Muitos economistas acreditam que o Fed está fazendo isso novamente.
O governo dos EUA e seus aliados europeus, surpresos e encorajados pela eleição no sábado de Hassan Rohani como o próximo presidente do Irã, planejam pressionar a retomada das negociações com Teerã em agosto sobre o seu programa nuclear com o objetivo de testar a posição do novo governo.
Os parlamentares da Nicarágua deram ao pobre país centro-americano mais uma chance de realizar um sonho que persegue há quase 200 anos. Eles deram a uma empresa recém-registrada de Hong Kong o direito de construir um canal interoceânico de US$ 40 bilhões.
Custa mais caro produzir no Brasil que nos EUA, que também mantêm uma boa vantagem sobre a Europa, onde os custos são 19% mais altos. Produzir no México ainda é 11% mais barato que nos EUA, de acordo com a Boston Consulting Group.
Investimentos debandaram dos mercados emergentes, desestabilizando moedas, derrubando ações e trazendo dores de cabeça para governos já às voltas com o baixo crescimento. Nos sinais mais recentes de agitação nos mercados, as bolsas despencaram na Ásia, enquanto o real e as moedas da África do Sul, se desvalorizaram em relação ao dólar.
Os idosos da China são pobres, doentes e deprimidos em um número alarmante, de acordo com o primeiro estudo em grande escala feito com pessoas de mais de 60 anos. Isso é um desafio imenso para Pequim e umas das maiores vulnerabilidades de longo prazo da economia chinesa.
Em um documento interno, marcado como "estritamente confidencial", o FMI informou que subestimou o dano que suas prescrições de austeridade podiam causar na economia da Grécia, que está há seis anos atolada numa recessão.
Três tendências de longo prazo indicam que a economia diminuiu sua inclinação para o risco: empresas criam empregos mais devagar, Investidores colocam menos dinheiro em novos empreendimentos, e os americanos abrem menos negócios e estão menos dispostos a trocar de emprego.
A colunista do The Wall Street Journal examina três das principais questões levantadas pelos recentes problemas econômicos e fiscais que afligiram os Estados Unidos.
O boom de commodities que durou mais de dez anos na América Latina, reforçando o crescimento da região e tirando milhões de pessoas da pobreza, está dando sinais de enfraquecimento, à medida que a demanda da China desacelera, golpeando economias em todo o continente.
As commodities mais baratas têm um lado negativo, já que elas refletem um fraco crescimento da economia global. Mas elas também atuam como um sutil estímulo econômico. Consumidores pagando menos por roupas têm mais dinheiro para gastar com carros e jantares fora.
A tendência, que com frequência conta com a ajuda da tecnologia, inova em pontos que os líderes chineses têm falhado, redistribuindo a riqueza e repassando para os consumidores mais benefícios gerados pelo desenvolvimento. Isso é crucial para um crescimento sustentável.
Não é fácil ser o principal negociador em quase todas as crises financeiras do mundo nesta época conturbada. Mas como chefe do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde vem desempenhando um papel em todo tipo de situação, do susto bancário do Chipre até as taxas de câmbio da China.
Até pouco tempo atrás, poucos gestores de patrimônio pensariam na Turquia ou no resto da Europa Central e Oriental como uma oportunidade legítima de investimento. Mas os investidores abastados creem que descobriram um novo mercado emergente.
A Itália está considerando permitir que funcionários mais velhos reduzam sua jornada de trabalho enquanto empregados mais novos são treinados como forma de diminuir o desemprego. Com isso, uma pessoa próxima da aposentadoria trabalharia meio período, por metade do salário, e um profissional jovem trabalharia nas demais horas.
Uma série de profissionais desempregados está usando a criatividade, e uma vitrine, para chamar a atenção de potenciais empregadores em Copenhague, mesmo que, para atingir seu objetivo, eles pareçam estar copiando as senhoras do famoso Bairro da Luz Vermelha de Amsterdã.
O desemprego na Espanha é de 27%; os jovens estão deixando Portugal e a Irlanda; um em cada quatro gregos diz que está difícil pôr comida na mesa. Todo esse sofrimento gera uma pergunta: Haverá um momento em que os europeus vão simplesmente dizer "chega"?
A proposta da Comissão Europeia de "reindustrializar a Europa" virou tema de debate entre empresários da região. A ideia é aumentar a participação da indústria na produção econômica do continente, dos 15,6% de hoje para 20% até 2020.
O aumento da produção de aço na China e uma enxurrada de exportações de produtos siderúrgicos do país estão pressionando os preços do aço em todo o mundo, apesar dos esforços de Pequim para conter a indústria, no mais recente exemplo do impacto global do enorme excesso de capacidade industrial chinesa.
Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central do Brasil, diz que um dos principais paradoxos enfrentados pela economia do país é a luta do BC entre combater a inflação e evitar uma valorização excessiva do real. Nesse campo de batalha, ele defende a decisão do BC de dar prioridade à inflação.
Muitos economistas estão cortando suas estimativas de crescimento para a China neste ano depois que o quarto mês de dados decepcionantes levou a uma revisão nas análises.
O próximo presidente decidirá quando reverter as políticas de dinheiro fácil de Ben Bernanke, um julgamento que poderá sufocar a recuperação da economia se essa reversão for feita cedo demais, ou desencadear uma inflação desgovernada se for feita tarde demais. A tarefa poderá ficar para a vice-presidente do Fed Janet Yellen.
Jim O'Neill, economista do Goldman Sachs, inventou o termo "Bric", unindo Brasil, Rússia, Índia e China no conceito de uma grande potência composta por mercados emergentes. Recentemente, porém, o conceito vem sofrendo fortes críticas, em parte devido ao mau desempenho dos investimentos.
As autoridades do Federal Reserve elaboraram uma estratégia para reduzir gradualmente um programa sem precedentes de compra de títulos de dívida para estimular a economia — num esforço de preservar a flexibilidade e administrar as altamente imprevisíveis expectativas do mercado.
A forte desvalorização da moeda japonesa está reverberando na economia mundial e gerando esperanças de que o Japão, a terceira maior economia do mundo, venha a acordar de sua longa hibernação. Mas ela também tem gerado temores em outros países de que possam enfrentar consequências indesejadas.
Uma queda acentuada nos preços de fábrica indica que o excesso de capacidade das indústrias tradicionais virou mais um problema na economia chinesa, já às voltas com o endividamento crescente e a desaceleração do crescimento.
Por David Wessel
Há poucas provas que sustentam que austeridade instantânea seja a resposta. Mas em debates como esse, alguns acham mais interessante se concentrar nos extremos ou nas caricaturas dos extremos. As lições dos últimos anos são mais sutis.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos está expandindo um programa de exportação de açúcar, num primeiro passo do governo americano no esforço de evitar uma onda de calotes em empréstimos concedidos a usinas e processadores de açúcar.
Apesar da hostilidade frequentemente direcionada à Alemanha por insistir na dolorosa austeridade como cura para a crise da dívida soberana da Europa, o país se tornou uma nova terra de oportunidades para dezenas de milhares de pessoas que fogem da recessão em seus países.
Indicadores importantes do setor manufatureiro e do mercado de trabalho dos EUA mostraram mais desaceleração em abril. Os dados disponíveis até agora para março e abril sugerem que a economia americana está se desaquecendo na primavera do hemisfério norte da mesma forma que nos últimos três anos.
O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, informou que avançaria com o programa mensal de US$ 85 bilhões de compra de títulos de dívida à medida que surgem novos sinais de que a inflação está abaixo da meta e o crescimento econômico está perdendo força.
Os americanos estão saindo da força de trabalho em números sem precedentes. Mas a tendência está mais ligada à aposentadoria dos chamados "baby boomers", pessoas nascidas entre o fim da Segunda Guerra e o início dos anos 60, do que com candidatos a emprego frustrados que desistem de tentar se recolocar no mercado.
Em 2012, os investidores estrangeiros injetaram US$ 57 bilhões em ações e títulos de dívida do país, cinco vezes mais que o valor investido no Brasil. Grandes fabricantes como a Bombardier e a GE estão expandindo suas operações no México e gerando empregos de remuneração alta.
Por David Wessel
Muitos livros foram escritos, e outros virão, sobre como evitar uma nova crise financeira. Mas eis aqui uma questão importante: O que os últimos anos nos ensinaram sobre como acelerar a recuperação depois que uma economia sofre um grave choque financeiro?
A nomeação do presidente do banco central da Venezuela, Nelson Merentes, como primeiro ministro da Fazenda da era pós-Chávez poderia, no curto prazo, ajudar a lidar com a escassez de moeda estrangeira na economia.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, sinalizou ontem seu apoio ao afrouxamento da austeridade na Europa, no que poderia ser uma significativa ruptura para os países que estão lutando para atingir difíceis metas orçamentárias em meio a uma persistente fragilidade econômica.
Problemas nos mercados internacionais estão ameaçando a recuperação da economia dos Estados Unidos pelo quarto ano consecutivo. Desta vez, é o enfraquecimento de economias em todo o mundo, não mercados de ações em queda, que sinalizam turbulência pela frente.
Para o futuro, o FMI vê "uma recuperação a três velocidades", que ocorrerá depois de uma desaceleração em 2012. Os mercados emergentes e em desenvolvimento estão fortes, avaliou o fundo. Os Estados Unidos não estão indo muito bem, mas melhorando. O desempenho da Europa é fraco.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, o banco central da Alemanha, disse que a crise de dívida da Europa vai levar uma década para ser superada.
Os dias milagrosos acabaram na China, a segunda maior economia mundial. Uma limpeza está em curso, seguindo uma festa econômica de proporções épicas que aumentou a renda, mas deixou para trás dívida, corrupção e efeitos nefastos no meio ambiente.
A gasolina premium na Venezuela custa perto de US$ 0,06 por galão (R$ 0,03 por litro), pela taxa de câmbio oficial. Mas, pela taxa de câmbio informal que prevalece na maioria das transações, ela ainda fica cerca de quatro vezes mais barata.
Os esforços da Espanha para conter os gastos públicos e melhorar o desempenho econômico estão perdendo força, embora ainda haja muito trabalho a fazer, segundo relatório divulgado pela Comissão Europeia que também aponta a Eslovênia como um outro possível problema.
O relatório serve como um alerta de que os cidadãos de alguns dos países mais atingidos pela crise de dívida da Europa não estão em situação tão ruim quanto muitos acreditam.
Mas a velocidade com que os preços estão subindo está gerando temores de que a campanha do Federal Reserve, o banco central americano, para manter os juros baixos talvez esteja dando ao mercado imobiliário um estímulo excessivo.
Os novos líderes do Banco do Japão cumpriram a promessa de reformar radicalmente sua política monetária, lançando ontem um novo programa de relaxamento tão agressivo que surpreendeu os mercados.
A tese do livro de Sheryl Sandberg é a seguinte: nós educamos bem uma geração de mulheres, mas pouquíssimas conseguem galgar aos cargos mais elevados. Isso acontece em parte devido às barreiras sociais e preconceitos sutis, e em parte devido ao comportamento das mulheres.
É verdade que a produção industrial cresceu duas vezes mais rápido que a economia e que os fabricantes estão novamente criando empregos. Mas os economistas consideram esses ganhos muito pequenos em relação ao que foi perdido nos anos anteriores para indicar um pleno renascimento.
A maioria dos mercados reflete expectativas modestas para a economia global, atingida pela fraca demanda chinesa, perspectivas de crescimento incertas nos EUA e na Europa, estoques adequados de matérias-primas e um dólar se valorizando, fatores que prejudicam os preços das commodities.
A China tem aumentado as exportações de indústrias tão variadas como computadores, peças de automóveis, lâmpadas de alta tecnologia e equipamentos cirúrgicos ópticos, de acordo com análise feita pelo The Wall Street Journal.
O Japão e a União Europeia aceitaram ontem iniciar as negociações sobre um acordo de livre comércio, medida que segue a recente decisão de Tóquio de se juntar às discussões para um pacto de livre comércio no Pacífico, liderado pelos Estados Unidos.
As empresas e os consumidores dos Estados Unidos têm mostrado uma força surpreendente nas últimas semanas, ignorando por enquanto o impacto dos impostos mais altos, o surto de problemas na Europa e os cortes no orçamento americano que começaram neste mês.
Os aliados ocidentais da Autoridade Palestina estão se debatendo para trazer estabilidade financeira a um governo debilitado por uma ajuda internacional insuficiente e pelas sanções israelenses. À véspera da visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à Cisjordânia, as autoridades palestinas esperam garantir mais ajuda americana.
Um importante grupo de economistas e líderes empresariais alemães antieuro formou um partido político para contestar o envolvimento do país no socorro à zona do euro, uma iniciativa que poderá colocar em xeque a conquista do voto conservador pela coalizão governamental de centro-direita da premiê Angela Merkel na eleição geral de setembro.
Agora que está se aposentando, embora deva continuar a exercer influência, o presidente do conselho da Goldman Sachs Asset Management nos ofereceu algumas novas previsões, que seus fãs esperam que sejam tão acertadas como sua agora legendária sigla.
Um vice-diretor do Banco Popular da China e um dos seus assessores externos disseram ontem que o excesso de liquidez precisa ser enxugado para evitar pressões inflacionárias.
A China definiu uma meta de crescimento de cerca de 7,5% para este ano no início da reunião que concluirá a mudança da liderança do país, um sinal de como Pequim está se afastando do crescimento acelerado com base nas exportações em favor de uma economia mais ampla, alimentada pelo consumo doméstico.
A China dá início esta semana à reunião no Parlamento que irá revelar as nomeações finais para uma mudança de liderança que só ocorre a cada dez anos. O evento fornecerá também algumas indicações da disposição do novo governo em lidar com os crescentes problemas sociais, econômicos e ambientais que muitos membros do Partido Comunista temem estar erodindo seu poder.
O setor de consumo dos EUA está cada vez mais dividido em dois: o das famílias mais ricas, que estão gastando mais, encorajadas pelo aumento do valor dos imóveis e pela alta no mercado de ações; e o das mais pobres, que, atingidas pela alta dos impostos e dos preços, estão economizando. Por enquanto, as famílias de maior renda estão gastando o suficiente para sustentar a economia.
Ninguém com bom senso gostaria de voltar aos exageros de meados dos anos 2000. Crédito demais pode ser perigoso para a saúde da economia, mas pouco crédito também é prejudicial. IO crescimento está mais lento.
Mas, então, quanto crédito é suficiente?
Criticada por suas finanças obscuras e sua elite política riquíssima, a Angola criou recentemente um fundo soberano para usar a receita com o petróleo a serviço dos pobres. Embora a iniciativa do presidente José Eduardo dos Santos tenha sido elogiada como um passo positivo, os críticos estão reclamando de quem o presidente escolheu para ajudar a administrar o fundo: seu filho de 35 anos.
Nesta época de incerteza nos investimentos convencionais, financistas profissionais e outros indivíduos estão comprando obras de arte para diversificar suas carteiras e, com um pouco de sorte, ter grandes retornos.
A perda histórica da cobiçada nota de classificação de crédito AAA pela Grã-Bretanha vai ampliar a pressão sobre o chanceler do Tesouro britânico, George Osborne, que tem lutado para reanimar a economia do Reino Unido e teve de estender repetidamente o doloroso programa de corte de custos de seu governo.
As autoridades do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, inquietas com os possíveis riscos gerados pela sua política de redução das taxas de juros, estão divididas com relação à antecipação da retirada dos programas experimentais criados para revigorar a economia americana.
Um passo crucial dos planos de garantir a disciplina das políticas econômicas na zona do euro foi dado ontem. As novas regras, chamadas de "two-pack", obrigarão governos da zona do euro a avisar Bruxelas sobre os seus planos orçamentários e dão à Comissão Europeia, braço executivo da UE, mais condições de supervisionar os países sob risco de crise financeira.
Não muito tempo atrás, parecia que os países do bloco conhecido como Brics poderiam fornecer um poderoso motor de crescimento para a economia mundial. Não conte com isso em 2013.
A crise econômica da Itália deixou o Harry's Bar, famoso bar de Veneza amado por gente como Ernest Hemingway e Aristotle Onassis, quase a ponto de fechar.
Desde gigantes da indústria de energia como Halliburton Corp. e Schlumberger Ltd. até firmas menores, como a Ecologix Environmental Systems LLC, muitas empresas estão em busca de tecnologias para reutilizar a água que sai dos poços após o fraturamento hidráulico, ou "fracking" — processo que injeta água e produtos químicos em alta pressão para extrair petróleo e gás das formações de xisto.
De grandes multinacionais a emprendedores solitários, empresas do mundo todo estão de olho no que pode ser uma das últimas grandes, ainda que instável, fronteiras empresariais do mundo.
O Estado americano de Washington está registrando a segunda maior safra de maçã de sua história, mas os agricultores alertam que podem ter que deixar até um quarto de sua produção apodrecer porque não há catadores suficientes.
David Wessel
Antecipar surpresas? Bom, elas não seriam surpresas se pudessem ser antecipadas. É melhor perguntar: Onde é mais provável que o senso comum esteja errado quanto à economia em 2012?
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