Bate-Papo: Pitty e Fernanda Young

Pitty e Fernanda Young

Fernanda Young e Pitty pedem a volta das músicas com corinho nesta conversa cheia de questões existenciais: é melhor uma verdade triste ou uma mentira feliz? Vale mais uma barriga tanquinho ou simplesmente barriga?

Por: Regina Terraz
Foto: Thaís Gouveia

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Fernanda Young – Eu ando pensando que na minha próxima temporada do programa (Irritando Fernanda Young) eu só farei perguntas malucas do tipo: Você mente? Você já pensou, Pitty, quanta bobagem se fala sobre a mentira?

Pitty - Sim, principalmente que a mentira é ruim e que ela não existe.

FY – Os entrevistados falam: Eu não minto! Gente, que papo ridículo, me dá vontade de desmaiar.

P – É, tem gente que usa a mentira para fazer o bem, porque a verdade, em alguns casos, não ajuda. Quando eu penso nisso eu me lembro do filme Adeus Lênin, saca? O médico fala que a mãe doente não pode levar um susto, então a família esconde dela que houve a queda do muro de Berlim, na Alemanha. É uma grande mentira, mas e daí? Este é um limite muito maluco…

FY – Ah eu não sei… por exemplo, recentemente um amigo meu perdeu o pai. E a mãe estava mal, fora de si, então resolveram contar que ele não tinha morrido, que estava em algum lugar… Não pode! Seguinte: não mintam para mim caso eu precise saber de algo grave. Mas se for uma besteira, uma mentira que pode me trazer problemas rasteiros, tudo bem. Tipo… não me contem que eu fui traída, não…

P - Ai, que engraçado isso!

FY - Porque, você gostaria que te contassem que foi traída?

P – Eu já fui muito enganada na vida… por namorados, amigos… Criei uma aversão a ser enganada, tenho pânico! Eu acho que todo mundo está me enganando. Entrei nessa: Eu quero saber, mesmo que doa, mas eu sei! Como se isso fosse me dar algum alívio, mas não dá. Mas eu tenho essa sensação, sou obsessiva.

FY - Não dá alívio!! Eu fui traída por todos os meus namorados e por alguns amigos e amigas. Só digo uma coisa: não me faça desconfiar! Porque daí eu me torno um bicho. Sou a rainha do flagra. Eu descubro, vou direto! Mas tenho para mim que, no campo amoroso, todo mundo trai. Os amigos é que não podem trair. Mas, no amor, depois de um certo tempo, todo mundo trai.

P - O grilo, para mim, não é o fato do meu parceiro sentir desejo por outra pessoa. É o fato de eu não saber. Eu quero me sentir incluída, estar ali, junto, saber que faço parte. Aquila mina é massa, é gostosa? Me leva junto! Me leva pra qualquer lugar (muitos risos)

FY – Se eu fico sabendo, penso o seguinte: Ah, é? Eu vou roubar dele. Eu ainda aviso: ‘Tenha a mulher que você quiser, mas pode ter certeza que ela irá me querer antes de te querer. Mesmo que ela não goste de mulher, a mim irá querer, porque eu movimento montanhas para me fazer sedutora caso precise competir. Isso tudo simbolicamente falando, porque a ameaça que eu faço é bem maior que a realidade (risos)

Fernanda YoungP – É interessante, em vez de ficar naquela posição de coitadinha, você vai e destrói o cara…

FY - Eu não acredito em pessoas que não se descompensam por amor, que não sentem raiva, ciúmes, ódio, vontade de quebrar tudo, cortar o cabelo da mulher. Eu tenho vontade de pegar a mulher, a cretina, que simbolicamente é a inimiga, e acabar com o cabelo dela! Porque, você já percebeu, todas tem cabelo comprido!! (risos). E a minha vontade é: eu vou pegar, flagrar e vou destruir o cabelo!! Mas eu não fiz isso, ainda…

FY - Você faria o que, Pitty, num flagra real?

P – Já aconteceu uma vez de eu jogar uma taça de vinho na cara dos dois. Porque eu sou bem dramática também. Às vezes meu namorado fala pra mim: ‘menos gata, espera aí, você não está num filme’

FY – Eu já quebrei uma casa inteira!

P – Eu também, é uma delícia!

FY – Ah, é tão gostoso… Mas deixa eu explicar: eu era muito nova, fui exposta à uma brutalidade muito grande, era o único namorado que eu tinha tido até então. E foi necessário (quebrar a casa), para me proteger.


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