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Miguel Góis |
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Se se confirmar realmente a hipótese de um dia vir a falecer, Miguel Góis (Produções Fictícias, Gato Fedorento) quereria no seu funeral o hino do Sport Lisboa e Benfica, cantado por Luís Piçarra.
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Qual o primeiro disco que comprou?
The Queen Is Dead, dos Smiths. Eu era um daqueles adolescentes que tinha uma visão clubística da música. Era o sócio nº 6755 dos Smiths e isso significava que todas as outras bandas não prestavam. Na escola, escrevia por todo o lado o nome da banda: nas mesas, nas cadeiras, nas paredes e – pior que tudo – nos exames. Fiquei mesmo espantado quando o meu professor de História me disse que a resposta à pergunta «Quais as consequências sociais da revolução industrial?» não era «The Smiths».
E o último?
O disco a solo de E, o vocalista dos Eels. A falta de estilo que é preciso ter para, fora dos anos 80, fazer um disco com músicas alegres...
A vida não seria a mesma se não tivesse ouvido... FMI, de José Mário Branco, quando tinha nove anos, porque foi a primeira vez que ouvi dizer a palavra «merda». E, a seguir a ouvir o disco, os meus pais fizeram--me jurar que não repetiria a expressão «internacionalismo monetário», que era feio. É o que dá ter pais comunistas.
Que música ficaria bem no seu funeral? |
Se se confirmar realmente essa hipótese de eu um dia vir a falecer, gostaria que se ouvisse o hino do Sport Lisboa e Benfica, cantado por Luís Piçarra.
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Qual o primeiro concerto a que assistiu?
Rolling Stones. Na altura, fiquei muito espantado por dizerem que os concertos eram caros. Por cinco contos assisti ao concerto e ainda fumei passivamente uns 15 charros. Foi um belo negócio.
E aquele que nunca irá esquecer (seja qual for a razão)?
Ruth Marlene, numa daquelas festas de aldeia. Fui visitar familiares a Vale da Pinta, perto de Santarém, e tive a sorte de finalmente assistir aos primeiros sinais de lesbianismo no mundo rural, quando a D. Alzira decidiu convidar a D. Gertrudes para um passinho de dança.
Que músico convidaria para jantar?
Rodrigo Leão. Só tem uma falha no currículo: aceitou fazer a música do genérico do Gato Fedorento. Há erros que mancham toda uma carreira.
Se a sua vida fosse um filme, qual seria a banda-sonora?
Se eu pudesse escolher, seria a banda-sonora de um filme para maiores de 18. Só que não tenho tido assim tanta sorte.
Blitz, Quarta, 21 de Junho às 13:26
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